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Bactéria mata jovem após a mesma espremer espinha, entenda

A catarinense Dâmilly Beatriz, de 18 anos, morreu nesta semana, vítima de uma infecção generalizada

Foto: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM @DAMYBEATRIZ

A jovem catarinense Dâmilly Beatriz, de 18 anos, morreu na segunda-feira (12) em decorrência de uma infecção generalizada ocasionada pela bactéria Staphylococcus aureus. Em publicação no Instagram, a mãe de Dâmilly, Daniela Veiga, afirmou que a porta de entrada da bactéria foi uma acne no rosto que ela teria espremido.


Daniela alegou ainda que, embora tenha sido rapidamente atendida e encaminhada para a UTI no domingo, sua filha não resistiu e faleceu no dia seguinte.


De acordo com o Manual MSD, a Staphylococcus aureus é a bactéria mais perigosa entre as estafilocócicas. Lina Paola, médica infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que, comumente, a bactéria é encontrada na pele mas, a partir de feridas ou arranhões ou pelas mucosas, assim como acnes ou quem faz depilação, ela pode adentrar a corrente sanguínea e o organismo - como foi o caso de Dâmilly.


"A bactéria habita na nossa pele e tem a capacidade de adentrar e se aderir facilmente em tecidos profundos, causando infecções potencialmente graves."


O ambiente hospitalar também pode ser um vetor de transmissão. Lina afirma que, muitas vezes, a Staphylococcus aureus pode ser contraída em centros cirúrgicos, ou pode se aderir até mesmo a próteses que serão colocadas em tais procedimentos ou catéteres, por exemplo.


Entre as infecções de pele que podem ser causadas pela Staphylococcus aureus, a infectologista elenca a erisipela, celulite bacteriana, furúnculos, abscessos.


Ainda, segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, a bactéria pode adentrar a corrente sanguínea e ser transmitida para outros órgãos, causando outras infecções, como pneumonia, otite, infecções no trato urinário, infecções sanguíneas, osteomielite (infecção nos ossos) e até sepse (infecção generalizada).


"Essa bactéria possui características em sua membrana, como a toxina Panton-Valentine, que libera reações intensas no organismo. Ela [Staphylococcus] pode entrar na pele por um ferimento e o paciente evolui com sintomas inflamatórios locais de forma muito rápida e, eventualmente, essa bactéria tem a capacidade de viajar e causar uma síndrome inflamatória sistêmica por conta dessa toxina. O Staphylococcus aureus consegue, em poucas horas, levar o paciente a uma reação intensa e exuberante".


As infecções podem ter sintomas variados, desde vermelhidão e pus local, a febre, taquicardia e tremores. A evolução das manifestações é rápida, podendo levar de seis a 12 horas. Por serem graves, muitas vezes essas infecções acabam exigindo a internação do paciente para que seja feita a medicação intravenosa.


Lina esclarece que as respostas variam para cada organismo, mas, algumas vezes, a infecção pela Staphylococcus pode, sim, ser mortal. O diagnóstico é feito de modo laboratorial e costuma ter um tratamento de duas semanas, podendo variar conforme a gravidade da infecção.


Fonte: R7



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