Boletim da Fiocruz aponta aumento de casos de Covid-19 no país em dezembro
- Saimon Ferreira
- 20 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Onze estados apresentaram crescimento na tendência de longo prazo, em análise referente ao período de 8 a 14 de dezembro

O Boletim InfoGripe da Fiocruz chama atenção para o aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), associados à Covid-19 em diversos estados. O documento foi divulgado nesta quinta-feira, 19. A análise é referente à Semana Epidemiológica 50, de 8 a 14 de dezembro. Da região Sul, apenas o estado de Santa Catarina aparece na lista.
No agregado nacional, o estudo sinaliza aumento de casos de SRAG nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Nesta edição do levantamento, 11 unidades da Federação apresentaram crescimento na tendência de longo prazo. São eles: Amazonas, Acre, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.
No Acre, Distrito Federal, Minas Gerais e Sergipe se observou aumento de casos de SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos, associados principalmente ao rinovírus.
Em Minas Gerais destaca-se também a circulação de metapneumovírus nas crianças. O Ceará mantém o cenário de crescimento, como já havia sido registrado no boletim anterior. Minas Gerais mostra início de aumento, que afeta especialmente a população idosa. Há indícios de que o aumento do número de casos de SRAG entre os idosos em alguns estados, como Sergipe e Rondônia, e no Distrito Federal esteja relacionado à Covid-19.
Em relação às capitais, dez apresentam sinal de crescimento no número de casos de SRAG. São elas: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Vitória (ES) e Rio Branco (AC).
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 7.6% para influenza A, 7.3% para influenza B, 7.9% para vírus sincicial respiratório, 38.6% para rinovírus e 31.1% para SARS-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 8.2% para influenza A, 9.2% para influenza B, 1.0% para vírus sincicial respiratório, 14.9% para rinovírus e 63.6% para SARS-CoV-2.
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