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Bolsonaro é alvo de operação da PF e terá que entregar passaporte

Ofensiva da PF ainda mira aliados do ex-presidente, como Braga Netto, Augusto Heleno e Valdemar Costa Neto, além de ex-assessores

Foto: Anselmo Cunha

O ministro Alexandre de Moraes determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro entregasse seu passaporte em um prazo de 24 horas, como parte de uma operação que investiga uma "organização criminosa" envolvida em suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito. A informação é do portal g1.


A Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF), envolve o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. Também foram autorizadas pela Justiça 48 "medidas cautelares diversas da prisão" — como a que visa o ex-presidente.


O g1 apurou que entre os alvos de ordens de prisão estão dois ex-assessores especiais de Bolsonaro, Marcelo Câmara e Filipe Martins.


A ofensiva da PF também mira figuras como Braga Netto, Augusto Heleno, Valdemar Costa Neto e outros aliados de Bolsonaro. As medidas cautelares autorizadas incluem a proibição de manter contato com os demais investigados e a suspensão do exercício de funções públicas.


Como há militares da ativa entre os investigados, o Exército acompanha o cumprimento de alguns dos mandados, em apoio à PF. São 16 militares sob investigação, incluindo membros das Forças Especiais do Exército.


As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e são cumpridas em Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.


A investigação


A Operação Tempus Veritatis investiga organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.


Nesta fase, apurações apontam que o grupo investigado teria se dividido em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, para viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.


Fonte: GZH

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