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CASO GABRIEL: Inquérito indicia PMs por homicídio, falsidade ideológica e ocultação de cadáver


Foto: Reprodução

A Corregedoria da Brigada Militar indiciou os três PMs envolvidos na morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.


O rapaz estava em São Gabriel para prestar o serviço militar e foi detido por policiais militares no dia 13, ao pular o muro de uma residência. Ele foi visto sendo algemado e conduzido na viatura da BM, depois sumiu.


A Corregedoria da Brigada Militar acaba de indiciar os três PMs envolvidos na morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.


O rapaz estava em São Gabriel para prestar o serviço militar e foi detido por policiais militares no dia 13, ao pular o muro de uma residência. Ele foi visto sendo algemado e conduzido na viatura da BM, depois sumiu.


Os PMs disseram ter largado o jovem perto de um açude, ileso. Só que o corpo de Gabriel foi encontrado submerso neste açude, uma semana depois da sua prisão e desaparecimento.


O laudo de necropsia feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou, nesta segunda-feira (29), que Gabriel morreu em decorrência de hemorragia interna, causada por objeto contundente.


A informação vem ao encontro de depoimentos prestados por duas testemunhas. Elas afirmam que o jovem foi espancado com cassetetes por PMs e levou socos, antes de ser algemado e conduzido em uma viatura.


Diante do laudo e das testemunhas, a Corregedoria da BM decidiu indiciar os três PMs pelo assassinato. Os indiciados são os soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima e o segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso. Eles estão presos em Porto Alegre, com prisão preventiva decretada por juíza de São Gabriel.


O homicídio foi considerado quadruplamente qualificado: por motivo fútil, com emprego de tortura, com recurso que impossibilitou defesa da vítima (as algemas) e por prevalecimento do agente de sua situação de serviço.


O Inquérito Policial Militar (IPM) também indiciou os policiais por ocultação de cadáver e falsidade ideológica (por mentirem quanto aos crimes). Os PMs estão sujeitos a penas que variam de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio. Serão julgados, nesse crime, pela Justiça Criminal comum.


Pelos demais crimes (falsidade ideológica e ocultação de corpo), os PMs responderão perante a Justiça Militar. Além disso, serão submetidos a processo administrativo que pode resultar em sua exclusão da BM, com perda de vencimentos e, inclusive, do direito de permanecerem em prisão militar (que é onde estão hoje).


Fonte: GZH


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