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Cesta básica em Santiago cai 3,8% em agosto

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 15 de set.
  • 2 min de leitura

Valor médio total dos 13 itens pesquisados ficou em R$ 708,51, acompanhando a tendência nacional de redução

Foto: FGV IBRE
Foto: FGV IBRE

A pesquisa mensal realizada pelo Curso de Administração da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Câmpus de Santiago apontou que o valor da cesta básica no município caiu 3,8% em agosto, passando a

custar R$ 708,51.


O resultado acompanha a tendência nacional: segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), 24 das 27 capitais brasileiras também registraram redução nos preços dos alimentos essenciais. No acumulado dos últimos dois meses, a retração em Santiago chega a 5%.


A diminuição nos preços foi impulsionada por fatores como maior oferta de arroz, feijão e hortifrúti, queda no preço da carne bovina, baixa demanda por açúcar e café, além de políticas públicas que incentivaram a produção e o escoamento. A normalização da oferta agrícola e a redução dos juros do Plano Safra também contribuíram para manter os preços mais acessíveis.


O levantamento faz parte do projeto de pesquisa do curso de Administração da URI Santiago, responsável pelo monitoramento sistemático da cesta básica no município.


Em agosto, a redução representou aproximadamente R$ 28,00 em relação ao mês anterior. A pesquisa mensal busca acompanhar a variação dos preços e oferecer subsídios para análises econômicas e sociais locais.


Posição no cenário nacional


Com o valor médio de R$ 708,51, Santiago ocupa a 15a colocação entre as 28 capitais brasileiras pesquisadas, ficando próxima da média nacional de R$ 715,29 — uma diferença de apenas -0,95%.


Comparada a São Paulo, cidade com o maior custo (R$ 865,90), a cesta em Santiago é 18,18% mais barata. Já em relação a Aracaju, que possui o menor valor (R$ 568,52), o custo local é 24,62% mais alto, situando Santiago em uma

posição intermediária no ranking nacional.


Esse resultado reflete um custo de vida relativamente equilibrado: embora não esteja entre as cidades mais caras, Santiago também mantém uma distância

considerável das mais baratas. Essa posição pode ser explicada por fatores como a dinâmica econômica local, a estrutura de abastecimento e políticas regionais de

incentivo à produção.


Produtos com maior variação


Entre os 13 itens da cesta, quatro apresentaram alta no mês:


  • Batata branca: +12%

  • Banana caturra: +10%

  • Óleo de soja: +10%

  • Café moído: +10%

  • Já as maiores quedas foram registradas em:

  • Tomate: -35%

  • Feijão: -12%

  • Açúcar cristal: -8%


Impacto no poder de compra


Mesmo com a redução, o custo da cesta básica ainda pesa no orçamento do trabalhador. Considerando uma jornada de 220 horas mensais, o santiaguense precisa trabalhar cerca de 102 horas — quase metade do mês — para

adquirir os alimentos essenciais. O ideal, segundo parâmetros de segurança alimentar, seria comprometer no máximo 30% da renda com alimentação.


O DIEESE estima que o salário mínimo necessário em agosto de 2025 deveria ser de R$ 5.952,20 para garantir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças). O valor é quase quatro vezes maior que o salário mínimo vigente no país.


Texto: Emanuely Guterres Soares - NUCOM URI Santiago

 
 
 

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