Cobrança nos três novos pedágios da RSC-287 começa neste domingo; veja valores
Desde o primeiro minuto deste domingo, dia 16 de outubro, quem passar pelas três novas praças de pedágio da RSC-287, em Santa Maria, Paraíso do Sul e Taquari, terá de pagar tarifa. O início da cobrança foi autorizado pela agência de regulação Agergs, no início de outubro, e houve 10 dias de aviso-prévio, conforme prevê o contrato.

Os valores são de R$ 4,10 para carros e R$ 2,10 para motos. Para furgões, veículos com reboque, ônibus e caminhões, os valores são maiores e variam conforme a quantidade de eixos. Para carretas com seis eixos, por exemplo, o preço fica em R$ 24,60. Vale lembrar que a cobrança era prevista desde 30 de agosto, no início do 2º ano da concessão, mas atrasou.
Segundo o diretor geral da Rota de Santa Maria, Renato Bortoletti, não existe opção de passar sem pagar:
– (Se não pagar) Não tem como passar. Antigamente, até existia nota de declaração de dívida, que a pessoa assinava se não conseguisse pagar. Hoje, já aconteceu. Geralmente, o pessoal tenta um Pix, sempre tem um jeito, mas é importante estar com o dinheiro para o pagamento. Por isso, que a gente acaba disponibilizando todas as formas de pagamento, para evitar uma situação dessa, mas não existe a forma de pagamento de não ter nada, essa a gente não consegue.
O contrato do governo do Estado com a Rota não prevê desconto de preços ou isenção para quem mora perto das praças de pedágio nem para quem é usuário frequente.
Autoridades se dividem. O vice-prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo, defende a concessão por alegar que dará melhores condições à rodovia e garantirá a duplicação, que ajudará no desenvolvimento econômico da cidade e da região. Já o prefeito de Agudo, Luís Henrique Kittel, faz ressalvas.
– Não sou contra pedágio, mas ainda é muito cedo para se fazer essa cobrança. Para se pagar o pedágio, temos de ter rodovias em condições. Estamos pagando de maneira antecipada por um serviço que vai acontecer, que é a duplicação, não que está acontecendo. Tem-se pressa para cobrar, mas, para receber o serviço, essa pressa não é levada em conta.
As formas de pagamento
Cancelas manuais (com atendente)
Dinheiro (de preferência, com o valor trocado para agilizar atendimento)
Cartão de crédito ou débito (Visa, Mastercard e Elo). Não aceita Banricompras
Visa Vale Pedágio
Cupom DBtrans
Cancelas automáticas*
Com TAGs (chips de pagamento automático, instalados nos veículos) das bandeiras Sem Parar, ConectCar, Greenpass, Move Mais e Veloe. Alguns bancos têm parcerias com essas empresas e não cobram mensalidades para ter a TAG, pagando apenas o valor do pedágio
*Veículos isentos, cadastrados junto à concessionária, poderão utilizar a pista automática exclusiva e não parar nas cancelas manuais
Dúvidas
Se não tiver dinheiro, consegue passar no pedágio?
Não. Não há como passar se não pagar
Quem mora perto do pedágio ou usa com frequência, tem desconto ou isenção de tarifa?
Não, o contrato do governo do Estado com a Rota não prevê desconto ou isenção de tarifa nesses casos. Só não pagam pedágio veículos oficiais e ambulâncias, previamente cadastrados na Rota
Que rotas alternativas há para não pagar pedágio?
De Santa Maria a Porto Alegre, a viagem pode ser feita pela BR-392, passando por São Sepé, e seguindo pela BR-290, até Eldorado do Sul. Não há pedágios, mas é pista simples e que aumenta em 38 km o trajeto em comparação com a RSC-287 e a BR-386 (Tabaí-Canoas), que tem 65 km duplicados
De Santa Maria à Quarta Colônia, é possível ir por Silveira Martins e Vale Vêneto, mas são rodovias com muitas curvas fechadas, com fortes subidas e descidas e sem acostamento. Há trechos de estrada de chão
0800-1000-287
É o telefone de atendimento da Rota. Todos os usuários têm direito a serviços de ambulância e guincho de graça, mesmo que ainda não tenham passado pelo pedágio. Se veículo ou pedestre tiver problema entre o Trevo do Aeroporto de Santa Maria e Tabaí, pode acionar a Rota e ser atendido de graça com esses serviços de socorro
Obras
As obras feitas no 1º ano (até agosto passado)
Recuperação emergencial da rodovia, com tapa-buracos, recuperação de trechos, nova sinalização vertical e horizontal, com tachinhas reflexivas nos 204 km. Rota diz que aplicou mais de 60 mil toneladas de asfalto, enquanto o contrato exigia 15 mil toneladas
Serviços gratuitos de guincho e ambulância nos 204 km
Algumas obras previstas para o 2º ano, até setembro de 2023
Recuperação da base da rodovia e novo asfalto em trechos com problemas recorrentes. Até o 5º ano, recuperação total dos 204 km
Construção de duas terceiras faixas entre Santa Maria e Quarta Colônia (veja mais na página ao lado)
Em 2023, primeiros trechos serão duplicados em Tabaí, segundo a Rota, antecipando o que está previsto no contrato
Os preços nos 5 pedágios (ida e volta)
Automóvel, caminhonete e furgão – 2 eixos – R$ 4,10
Caminhão leve, ônibus, caminhão-trator (cavalinho que puxa a carreta) e furgão – 2 eixos e rodagem dupla – R$ 8,20
Automóvel e caminhonete com semirreboque (3 eixos) – R$ 6,20
Caminhão, caminhão-trator com semirreboque e ônibus (3 eixos e rodagem dupla) – R$ 12,30
Automóvel e caminhonete com reboque – 4 eixos e roda simples – R$ 8,20
Caminhão com roboque e caminhão-trator com semirreboque (carretas) – 4 eixos e roda dupla – R$ 16,40
Caminhão com roboque e caminhão-trator com semirreboque (carretas) – 5 eixos e roda dupla – R$ 20,50
Caminhão com roboque e caminhão-trator com semirreboque (carretas) – 6 eixos e roda dupla – R$ 24,60
Motos, motonetas e bicicleta-moto – R$ 2,10
Veículos oficiais e de corpo diplomático, bombeiros voluntários e ambulâncias – Isento

Contrato prêve ampliações e duplicações
O contrato do Estado com a Rota de Santa Maria é de 30 anos e prevê investimento total de R$ 2,7 bilhões na rodovia. Para 2023, o plano é construir duas dessas terceiras faixas previstas (veja abaixo).

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