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Dengue no RS: Estado chega a 70 mortes pela doença em 2024

A vítima mais recente da dengue é um homem, 66 anos, morador de Novo Hamburgo

Foto: Reprodução/RBS TV

O Rio Grande do Sul alcançou, nesta ssegunda-feira (15), o número de 70 mortes provocadas pela dengue em 2024. Além disso, são 63 mil casos confirmados da doença até agora.


Em menos de quatro meses, o RS superou o número de mortes registradas em cada um dos últimos 10 anos.

A vítima mais recente da dengue é um homem, 66 anos, morador de Novo Hamburgo. Ele possuía doenças pré-existentes e veio a óbito no dia 08 de abril.


Ao todo, o RS soma 36 homens e 34 mulheres entre as vítimas. A maior parte dos óbitos é entre pacientes com mais de 60 anos. São Leopoldo, na Região Metropolitana, é a cidade com o maior número de mortes.


Santa Rosa, município de 77 mil habitantes na Região Noroeste, tem o maior número de casos de dengue no RS. São 8,8 mil infecções notificadas, conforme a atualização mais recente.


Dos 497 municípios do RS, apenas 31 não estão infestados pelo mosquito que transmite a dengue, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde.


Distribuídas entre a faixa Leste e o Sul do estado, as cidades representam 6,2% da totalidade dos municípios.

Esse cenário, de acordo com o virologista Fernando Spilki, está relacionado ao acúmulo de alguns eventos climáticos e sanitários que, ao longo dos últimos dois anos, favoreceram a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.


Entre os fatores que propiciaram o contexto destaca-se a elevação das temperaturas e as chuvas no Rio Grande do Sul.


"O número de dias que a gente tem acumulado, por exemplo, com temperatura acima dos 29ºC, é um determinante sempre importante dos surtos de dengue, que neste ano está instalado na região Sul e Sudeste", explica Spilk.

O governo do RS decretou situação de emergência no dia 12 de março em razão do elevado número de casos no estado.


Medidas de prevenção à proliferação e circulação do inseto, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos, impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática.


A Secretaria da Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas, que são:


  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos)

  • dor de cabeça

  • dor no corpo

  • dor nas articulações

  • mal-estar geral

  • náusea

  • vômito

  • diarreia

  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira


A busca por atendimento no começo da manifestação das sensações de desconforto físico é uma maneira de evitar o agravamento da doença e a possível evolução para óbito. A SES indica o uso de repelente para proteção individual contra o Aedes aegypti.


Fonte: G1 RS




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