DESENROLA BRASIL: Grandes bancos pretendem aderir ao programa de renegociação de dívidas
O programa proposto pela equipe econômica do Governo Federal, tem previsão de começar em julho
Os bancos prometem aderir ao novo programa de renegociação de dívidas do governo federal. Quem tem dívida de até R$ 5.000 poderá participar. Idealizado pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Desenrola Brasil deve começar em julho.
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) disse ao R7 que participa da elaboração da medida “desde o início de sua formulação”. Em nota, a organização afirmou que “acredita que o programa Desenrola tem potencial para que o crédito possa continuar a ser concedido de forma segura e dentro das necessidades dos tomadores”.
No total, são 114 instituições financeiras associadas à Febraban. Bradesco, Itaú e Santander são algumas delas. Para conferir a lista completa, clique aqui.
À reportagem do R7, o Bradesco confirmou que vai aderir ao programa. O Banco do Brasil informou que “aguarda a regulamentação” do Desenrola para implementar as renegociações.
“O banco vai ampliar, sob o Desenrola, as soluções de renegociação de dívidas disponíveis a todos os nossos clientes”, prometeu o BB.
Por sua vez, a Caixa ressaltou que “os impactos operacionais e financeiros” da ferramenta ainda estão “em avaliação”.
A dúvida agora é em relação às instituições que não estão ligadas à Febraban, como o Nubank. O R7 tentou contato com a instituição, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
O que será o Desenrola Brasil
O programa de renegociação de dívidas está em elaboração desde o início do ano. Ele dividirá o público em duas faixas. Os que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640) e quem deve até R$ 5.000.
O programa prevê que o nome de pessoas que devem até R$ 100 deixe de constar da lista de devedores de órgãos de proteção ao crédito.
No processo, os débitos poderão ser parcelados em até 60 vezes. A iniciativa pode beneficiar 70 milhões de brasileiros que estão endividados, segundo Haddad.
Para isso, será usado o FGO (Fundo de Garantia de Operações). Ou seja, os bancos credores terão acesso aos recursos do fundo para renegociar as dívidas. Trata-se de um instrumento criado na pandemia, que conta com quase R$ 10 bilhões.
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