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Empréstimo consignado tem reajuste após aumento de benefícios do INSS

Com os novos valores que começam a ser pagos nesta quarta (25), a margem que pode ser comprometida também muda

Foto: Marcello Casal Jr

Com o aumento das aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que começam a ser pagas a partir desta quarta-feira (25) (veja calendário abaixo), o valor do limite para o empréstimo consignado também teve reajuste.


O piso dos benefícios passou de R$ 1.212 para R$ 1.302, reajuste de 7,43%. Já o aumento para quem recebe acima do salário mínimo foi de 5,93%, baseado no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2022.


Com isso, a margem consignável para os beneficiários também aumentou. Atualmente é de 35% para crédito consignado, 5% para cartão consignado e 5% para o cartão de benefício, totalizando 45% no máximo.


Uma pessoa que recebe o piso atual de R$ 1.302 vai poder comprometer até R$ 585,9 da renda, sendo R$ 455,2 no empréstimo consingando, R$ 65,1 no cartão consignado e R$ 65,1 no cartão benefício. Antes do aumento, o limite era de R$ 545,4.


“Na prática, isso quer dizer que quem estava com margem consignável negativa, sem possibilidade de novos empréstimos, terá valor extra para utilizar; e aqueles que tinham margem terão o acréscimo ao limite anterior”, explica Gustavo Gorenstein, CEO da BX Blue, marketplace de crédito consignado online.


A modalidade é concedida a quem tem salário, aposentadoria ou pensão creditado em conta-corrente. Pelo fato de o valor ser descontado diretamente na folha de pagamento ou na aposentadoria do cliente, é uma opção de empréstimo fácil e com juros baixos. A taxa-limite é de 2,14% ao mês para o empréstimo pessoal consignado e de 3,06% ao mês para o cartão de crédito.


Risco de endividamento


Ou seja, a medida permite comprometer até 45% da renda com um empréstimo. Com isso, a orientação é redobrar os cuidados para se beneficiar caso seja necessário, mas sem aumentar o endividamento das famílias.


"O risco maior é para as famílias que já estão hoje com um grau de endividamento e vão comprometer ainda mais, porque vão ser assediadas pelos bancos para fazer uso desse que seria um recurso a mais da disponibilidade da renda, só que eles olham isso como uma nova oportunidade de novo crédito", alerta Ione Amorim, economista e coordenadora do programa de  Serviços Financeiros do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). 


Fonte: R7


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