Escritor santiaguense Caio Fernando Abreu, completaria 75 anos nesta terça-feira
Apontado como um dos expoentes de sua geração, Caio foi agraciado três vezes pelo “Prêmio Jabuti de Literatura”, o mais importante prêmio literário do Brasil
Se estivesse vivo, o santiaguense Caio Fernando Loureiro de Abreu celebraria nesta terça-feira, 75 anos de idade.
Caio nasceu em 12 de setembro de 1948, em Santiago, e chegou a estudar letras e artes cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas abandonou os cursos e abraçou a carreira de jornalista.
Seu primeiro trabalho foi na redação da VEJA, em 1968. No mesmo ano, passou a ser perseguido pela ditadura militar, buscou refúgio na casa da colega de profissão Hilda Hilst, e deixou o país em 1973. Morou na França, Inglaterra e Espanha e retornou em 1974.
Seu primeiro romance publicado foi Limite Branco, em 1970 — escrito três anos antes, quando Abreu tinha 19 anos. Sua literatura ganhou força com o formato de contos de característica melancólica e romântica, que tratam sobre amor, morte, medo, sexualidade e solidão, temas que lhe renderam o apelido de “escritor da paixão”, por Lygia Fagundes Telles.
Fazem parte desta produção de contos as obras Inventário do Ir-remediável (1970), O Ovo Apunhalado (1975), Pedras de Calcutá (1977), Morangos Mofados (1982), Os Dragões Não Conhecem o Paraíso (1988) e Ovelhas Negras (1995) — os dois últimos, juntamente com a novela O Triângulo das Águas, lhe renderam três prêmios Jabuti.
Difíceis de serem encontrados nas livrarias, os contos de Abreu foram reunidos em uma compilação lançada em 2018 pela editora Companhia das Letras. Batizada de Contos Completos, a obra possui todos os livros de contos citados acima, além de dez textos avulsos.
Caio Fernando Abreu morreu no dia 25 de fevereiro de 1996, aos 47 anos, em Porto Alegre, por complicações decorrentes do vírus HIV.
Comments