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Federarroz prevê redução na área semeada

Produtores apontam problemas decorrentes da enchente, da baixa luminosidade e de falta de apoio do governo federal para os atingidos pelas águas

Foto: Ricardo Giusti
Foto: Ricardo Giusti

A área prevista para a semeadura do arroz na safra 2024/2025 no Rio Grande do Sul, de 948,3 mil hectares, poderá sofrer uma redução de cerca de 50 mil hectares, o equivalente a 5,2% sobre o projetado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).


A provável diminuição foi anunciada nesta terça-feira, 10, pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz), Alexandre Velho. De acordo com o dirigente, produtores das regiões Centro e Sul do Estado enfrentam problemas em razão das chuvas e enchentes de abril e maio, de baixa luminosidade em dezembro, além de falta de apoio do governo federal a agricultores que tiveram propriedades atingidas pelas águas.


Dos 50 mil hectares que ainda faltam ser semeados, pelo menos 40 mil hectares estão localizados na Região Centro, onde o Irga estima uma área total de 125,8 mil hectares.

“Os produtores lá não conseguiram recuperar estruturas de armazenagem, canais de irrigação, de drenagem e perfil de solo. Muita erosão aconteceu em função da enchente”, explicou Alexandre Velho.

O atraso no plantio, ultrapassando o prazo do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), poderá resultar também em impedimento para contratação de seguro rural. A Federarroz solicitará ao Ministério da Agricultura e Pecuária a extensão do Zarc da região até dezembro. Ainda assim, não se espera que a semeadura seja completa, pois, fora de época, gera altos riscos à produtividade.


O presidente da Federarroz somou ao cenário as dificuldades registradas na Região Sul, a última a iniciar a semeadura.

“Possivelmente teremos um plantio um pouco menor e atraso no manejo, porque estamos com chuvas grandes, principalmente na Zona Sul, que ainda não concluiu o plantio. Essa região é muito importante em relação ao número final de colheita do Estado”, salientou o dirigente.

De acordo com dados divulgados pelo Irga no dia 5, o Sul semeou 98,25% dos 165,9 mil hectares previstos.


Os contratempos dos agricultores deverão provocar aumento nos custos de produção. “Tudo isso nos traz uma preocupação em manter os produtores na atividade”, afirmou Velho, salientando que pequenos orizicultores não foram atendidos por ações do governo federal de apoio aos atingidos pelas enchentes.

“O recurso não chegou na ponta. Essa é a verdade”, garantiu Velho.

Fonte: Correio do Povo


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