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Gaúcha Maria Eduarda Brechane é eleita Miss Brasil 2023

A gaúcha de Rio Grande superou as outras 26 candidatas e será a encarregada de representar o Brasil no Miss Universo

Foto: Divulgação/Miss Universo Brasil

Soberanos na competição, os gaúchos garantiram na noite deste sábado (8) a 15ª coroa no Miss Universo Brasil. O feito é da Miss Rio Grande do Sul Maria Eduarda Brechane, que venceu a grande final do concurso e é agora a Miss Universo Brasil 2023. A decisão ocorreu no Pátio Welucci, em São Paulo. 


A gaúcha de Rio Grande superou as outras 26 candidatas e será a encarregada de representar o Brasil no Miss Universo, marcado para dezembro, em El Salvador. Ela também recebeu o prêmio de R$50 mil. 


O segundo lugar foi para a miss Miss Mato Grosso, Bárbara Reis, e a terceira colocação ficou com a Miss São Paulo, Vitória Brodt, que também é gaúcha mas defendeu o Estado do sudeste brasileiro.


Maria Eduarda Brechane tem 19 anos e brilhou na competição respondendo questões sobre educação e combate ao ódio nas redes sociais. A rio-grandina é estudante de jornalismo e foi escolhida por unanimidade, em maio deste ano, para representar o Rio Grande do Sul na etapa nacional.


Desde então, deu segmento ao trabalho filantrópico junto à comunidade surda ao mesmo tempo em que se preparava para o concurso nacional através da sua campanha Maria Brasileira, que define como “uma Maria para representar todas as Marias do Brasil”.


Foi a Miss Universo Brasil 2022 Mia Mamede quem coroou a nova representante do país. O acessório de luxo assinado pelo joalheiro Miguel Alcade foi batizada de “Iêda” em homenagem à gaúcha Ieda Maria Vargas, primeira brasileira a conquistar o Miss Universo, há 60 anos.


A coroa tem mais de três mil pedras e seis topázios, um para cada década do reinado da gaúcha. A própria Ieda, hoje com 78 anos, subiu ao palco para ser celebrada, o que foi feito por meio de um vídeo que relembrou sua trajetória de miss e definiu-a como “uma mulher extraordinária que abriu caminho para que outras mulheres também pudessem passar”.


O concurso deste ano foi considerado histórico por ser a primeira vez em que mulheres casadas e com filhos puderam participar. Foram três mães na competição: as misses Goiás, Renata Guerra Otoni; Piauí, Gabriela Reis Menezes; e Maranhão, Lorena Caroline Maia e Silva. 


A cerimônia teve como apresentadora a jornalista Cris Barth e como jurados a jornalista Mônica Salgado, a Miss Universo Brasil 2019 Júlia Horta, a international menager Sabrina Muller, a apresentadora Renata Kuerten, o dermatologista Fábio Rebuci, o médico vascular Gustavo Marcato, o diretor de passarela, Namie Wihby, o cirurgião plástico Gustavo Aquino, a Miss Universo 2011 Leila Lopes e o joalheiro Miguel Alcade.


Eles ficaram encarregados da avaliação não só da beleza das candidatas, mas também da inteligência, postura, simpatia, carisma, desenvoltura, fotogenia, passarela, oratória e objetividade em responder às perguntas.


Presença gaúcha 


Logo antes do início da transmissão oficial do concurso, a Miss Rio Grande do Sul homenageou a Chama Crioula durante a o desfile de trajes típicos da competição.


O traje era composto por uma longa capa, com iluminação interna, e um maiô com brilhos em laranja, amarelo e vermelho. Botas, luvas, brincos e uma coroa completavam o look, assinado por Bruno Oliveira, que buscou simbolizar os valores e os costumes gaúchos. 


Na preparação para a competição, Maria Eduarda já havia dito à Donna que contava com a força da mulher gaúcha para buscar a vitória.   


Como foi o concurso 

Depois de ficarem confinadas por seis dias em um hotel de São Paulo, as 27 misses eleitas nos Estados brasileiros e no distrito federal enfim foram a público na noite deste sábado.


Vestindo looks assinados pelo designer de moda George Azevedo, elas entraram desfilando pela plateia e subiram ao pela primeira vez ao som de Amarelo, Azul e Branco, música de Anavitória e Rita Lee. Ali foi o momento das apresentações, onde bradaram seus nomes e os Estados que representam. 


Uma votação popular que ficou aberta até as 16h desábado decidiu quais das 27 iriam continuar na competição. Avançaram para o Top 16 as representantes do Distrito Federal, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Alagoas, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, Tocantins, São Paulo, Goiás, Pará e Sergipe.   


Foi ao som de um violino tocando Anunciação, de Alceu Valença, que as 16 misses exibiram seus trajes de gala. Em seguida, definiu-se quem ficaria no Top 7, formado por seis classificadas pelos jurados e uma classificada por voto popular. Foram elas as misses Pará, Mato Grosso, Sergipe, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, e a eleita pelo público, Amazonas.   


As sete protagonizaram também um desfile de traje de banho, assinado novamente por George Azevedo e, logo depois, participaram de uma rodada de perguntas sobre temas como inteligência artificial, hate na internet, papel da mulher na sociedade e papel da miss.  


A gaúcha foi perguntada por Renata Kurten: 


— Como você acredita que as misses podem utilizar sua influência e plataforma para combater o hate nas redes sociais e promover um ambiente online mais seguro e inclusivo para todas as pessoas?


Maria Eduarda respondeu:


— É muito importante falar sobre a questão de cyberbullying porque, além de ser um crime, isso afeta muitas pessoas nas redes sociais. Nós vemos que as redes sociais não têm um controle, então qualquer pessoa pode comentar qualquer coisa e assim afetar diversos indivíduos. O discurso de ódio nas redes sociais é algo real e que precisa ser cuidado. E é sim trabalho de uma miss usar a sua fala e a sua influência para mudar essa história. Eu hoje trabalho nas minhas redes sociais com esse discurso de amor ao próximo, independente do seu credo, da sua raça, independente do que acredita. Defendo acima de tudo o amor e que isso transpareça nas redes sociais. É nosso trabalho mudar isso. Além de como miss, como uma mulher e atuante na sociedade — concluiu Maria. 


Ao final desta etapa, foi a vez de Mia Mamede fazer o seu desfile de despedida como Miss Universo Brasil, usando um vestido estampado com artes do artista visual Kobra. Logo em seguida, os jurados definiram quem avançaria para o Top 3:


São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, que tiveram que falar sobre temas como inovação e tecnologia, meio ambiente e educação.  


Por fim, as três finalistas fizeram o chamado "final look", último desfile de apresentação para o público e a banca de avaliadores. O encerramento ocorreu com a coroação da nova Miss Universo Brasil, Maria Eduarda Brechane.


Fonte: GZH

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