Javalis atacam lavouras de arroz em Alegrete e o prejuízo é grande
- Saimon Ferreira

- 25 de mar.
- 2 min de leitura
Além da plantação danificada, no mínimo três terneiros ja foram mortos em uma das localidades

Animal exótico, que pode se reproduzir até quatro vezes ao ano, não tem predadores naturais, destrói propriedades agrícolas e é hospedeiro de doenças, só tendo controle eficaz com a prática da caça regulamentada.
No município de Alegrete, numa das maiores áreas de plantação de arroz do RS, foram registradas varas de javalis compostas de até 40 animais, que atacam plantações e “lavram” a grama para comer raízes e tubérculos, tirando o alimento dos bovinos. Uma lavoura localizada no Pai-Passo foi atacada pelos animais e já causa prejuízo ao produtor.

O agricultor João Pacheco, relata que o estrago é grande. Ele já teve três terneiros mortos pelos javalis e prejuízos na lavoura. Pacheco fala da burocracia no controle do javali, e comenta que lavouras de arroz, soja e milho e na pecuária, os ataques continuam.
“A proliferação é impressionante, é urgente uma legislação que ampare o produtor no controle desses animais”, pontua o produtor que na semana passada chegou no seu estabelecimento e flagrou mais de seis javalis no meio do gado e das ovelhas.

O técnico do Irga Nilton Oliveira, diz que além do Pai-Passo, a região do Caverá também teve prejuízo com a ação dos javaporcos.
“Eles multiplicam-se rápido. A gestação de uma fêmea de javali dura, aproximadamente, quatro meses e suas ninhadas médias são de 10 filhotes mas podem chegar a impressionantes 25 crias de uma vez”, destaca.
A expansão da população da espécie no Rio Grande do Sul e em território nacional é um problema que vem caminhando com o tempo, sem uma solução efetiva. E, a ausência de predadores naturais faz com que os prejuízos econômicos ultrapassem as cercas das propriedades rurais, com danos significativos às lavouras e criações. Além disso, o animal exótico representa um alto risco sanitário e uma ameaça permanente à manutenção da fauna nativa.
“Eles costumam ficar onde tem muito mato nas fazendas e em seu entorno. E circulam, não obedecem limites ou cercas. Saem em grupo, normalmente à noite. Durante o dia é muito raro encontrá-los e quando escutam barulho ou o ser humano se aproximando, fogem”- acrescenta o técnico.






























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