Laudo do IGP indica que ponte pênsil entre RS e SC rompeu por corrosão
- GNI Notícias Integradas
- 5 de mai. de 2023
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Manutenção adequada poderia identificar o problema; Brian Grandi, de 20 anos, morreu após a queda da estrutura que liga Torres (RS) a Passo de Torres (SC) em fevereiro deste ano

Laudo técnico encomendado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) indica que a corrosão nos cabos que sustentavam a ponte pênsil que liga as cidades de Torres (RS) e Passo de Torres (SC) foi determinante para a queda da estrutura, que aconteceu em 20 de fevereiro deste ano. A RBS TV teve acesso ao documento com exclusividade.
Brian Grandi, de 20 anos, era uma das pessoas que estava sobre a ponte quando os cabos romperam e morreu após cair no Rio Mampituba. O corpo dele foi encontrado quatro dias depois da queda, no mar, em Santa Catarina.
Três peritos engenheiros são responsáveis pelo laudo, que contou com colaboração do Laboratório de Processos Eletroquímicos e Corrosão (Eletrocorr) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O texto ainda traz que há "indícios de que não houve manutenção nem inspeção visual adequadas".
"Uma inspeção mais detalhada teria revelado o estado de oxidação antes do dano catastrófico", diz o laudo.
A morte de Brian é tratada pela Polícia Civil como um caso de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Quem assumiu a investigação inicialmente foi a delegacia de Passo de Torres, em Santa Catarina.
Sobre o laudo, a Polícia Civil catarinense disse que ainda analisa a documentação e que não tem prazo para concluir a investigação. Além disso, que, até agora, o inquérito não define de quem é a responsabilidade pela manutenção da ponte – se a prefeitura de Passo de Torres ou Torres. A Polícia Civil no Rio Grande do Sul avalia, ainda, a possível responsabilização de agentes públicos no caso.
Em contato com as prefeituras, elas optaram por não dar entrevista sobre o laudo. No entanto, Torres disse que a responsabilidade pela manutenção da ponte era de Passo de Torres. Já Passo de Torres disse que a manutenção era feita de forma conjunta entre os municípios.
Em 23 de fevereiro, as duas prefeituras garantiram que a manutenção da ponte estava em dia. Porém, não apresentaram documentos que comprovavam a afirmação.
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