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MP denuncia à Justiça mulher por matar e jogar no lixo bebê recém-nascida em Canoas

Ela está presa e responde pelo crime de homicídio. Investigação indica que crime foi planejado por ela, já que a gravidez seria indesejada.


Foto: Policia Civil/divulgação

O Ministério Público (MP) denunciou à Justiça uma mulher de 33 anos por matar a filha recém-nascida e jogar o corpo da criança no lixo de um centro comercial onde trabalhava em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela não teve a identidade divulgada e está presa desde a época que o crime foi descoberto, em junho deste ano.


A acusação é pelos crimes de homicídio doloso com emprego de meio cruel e ocultação de cadáver. Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, a mulher se torna ré e começa a ser julgada.


Investigação


O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil depois que uma denúncia chegou à delegacia: havia um bebê na lixeira de um dos banheiros do centro comercial.

A criança estava morta e a perícia aponta que ela viveu por cerca de 10 horas. A mulher foi identificada após análise de imagens registradas por câmeras de segurança do espaço. Elas mostram a suspeita entrando e saindo do local onde o corpo da bebê foi encontrado (veja acima).

As provas reunidas pela polícia dão conta de que a mulher chegou a amamentar a bebê antes de cometer o crime. A criança teria sido sufocada com uma fita adesiva, de acordo com o delegado Arthur Reguse.


"Se tratava de uma criança que nasceu com vida, que teve a boca e o nariz tampados com uma fita adesiva. A criança morreu por conta da mãe, que asfixiou a criança", diz Reguse.

Conforme o delegado Reguse, a mulher teve a filha em casa, mas não procurou atendimento médico para o trabalho de parto. No imóvel, a polícia encontrou marcas de sangue no chão, verificadas com o auxílio de luzes especiais. Depois de matar a filha, ela teria colocado o corpo dentro de uma bolsa esportiva e levado até o centro comercial.


Crime planejado


A Polícia Civil entendeu que o crime foi premeditado, ou seja, planejado, razão pela qual descartou a hipótese de infanticídio – que a criança havia sido morta pela mãe no puerpério, pois estava abalada emocionalmente.


"Não procurou auxílio médico. Demonstra que ela estava prevendo se desfazer da criança. A mãe arquitetou a morte da criança, ocultou o cadáver. Não havia confusão mental. Ela já demonstrava que não queria ter a criança", afirma Reguse.

A mulher vivia em Canoas. A suspeita já tinha outros dois filhos, com idades de até 12 anos. As crianças estão com familiares, segundo a polícia.



Fonte: g1 RS


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