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"Não há mais tempo. A hora é agora." por Fábio Giacomelli

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 3 de out.
  • 2 min de leitura

Após meses de inércia e promessas não cumpridas, o Inter encara a realidade: são 13 jogos e a obrigação de reagir em campo para evitar o pior

Foto: Tomás Hammes
Foto: Tomás Hammes

Dirigentes passam, treinadores passam, jogadores passam. O Inter permanece. Essa é a essência que nunca pode ser esquecida.


Depois de mais um jogo sem vitória, em casa, diante de um público diminuto, o Inter parece finalmente ter sentido o choque da realidade. Foram pelo menos quatro meses de inércia, de discursos repetidos e de convicções que não se sustentaram no campo. Rafael Sobis verbalizou o temor do rebaixamento.


D’Alessandro, em coletiva, pediu o apoio da torcida: “Precisamos de vocês”.


Isso não significa que tudo esteja errado. Mas também está longe de estar certo. O discurso que se sustentou nos últimos meses foi o de que o Trabalho Interno era bom. Ramón Díaz, recém-chegado, reforça essa ideia. Inclusive vai abrir parte dos treinamentos para que a imprensa acompanhe. Mesmo ciente do déficit físico e técnico evidente, a nova comissão preferiu não entrar em choque, evitando qualquer juízo sobre o trabalho anterior.


Na prática, são 13 jogos e 39 pontos em disputa. O mínimo aceitável são 18 pontos. Vencer 6 jogos em 13 não deveria ser missão impossível. Mas a realidade é que o torcedor não consegue acreditar. Um elenco caro, dos mais caros já montados, não performa. E essa descrença pesa.


Talvez a boa notícia da semana seja o retorno de Bruno Gomes, que havia se consolidado como lateral antes da lesão. Mas não há como colocar exigência nem responsabilidade em quem volta após 9 meses de recuperação. A notícia é positiva, mas precisa ser encarada com cautela.


O Inter tem pela frente Botafogo (em casa), Mirassol (fora) e Sport (em casa). O mundo perfeito seriam 9 pontos. Mas, se projetarmos 6, já é um passo considerável para dar o fôlego necessário nesta reta decisiva.


O fato é que o torcedor não vai abandonar o clube. Não vai soltar a mão. Mas talvez alguns dirigentes devessem pensar o mesmo. É hora de olhar para o Sport Club Internacional como algo maior que cargos e nomes. É hora dos atletas, ao vestirem a camisa colorada, compreenderem a dimensão da responsabilidade que carregam. Porque eles passam. Nós ficamos. E é hora de dar a cara a tapa, assumir as responsabilidades e, juntos, dar a volta por cima.


Por Fábio Giacomelli, jornalista e host do Podcast Conversas Coloradas


 
 
 

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