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País tem pior índice em 10 anos de escolas públicas com projetos para combater racismo

Em 2021, apenas 50,1% tinham em sua grade iniciativas sobre o tema. Dados foram compilados pelo Todos pela Educação a partir do Saeb. Taxa aponta queda preocupante

Foto: Tunísia Cores - Ascom DPE/BA

O Brasil registrou em 2021 o pior índice em dez anos de escolas públicas com projetos para combater racismo: apenas 50,1% tinham em sua grade curricular iniciativas para discutir o tema, segundo levantamento da entidade Todos Pela Educação divulgado na segunda-feira (24).


🚨 O dado preocupa porque mostra uma piora: em 2015, o índice era de 75,6%, maior patamar do período.

Os números foram compilados com base em 65.935 respostas ao questionário do Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb) dadas por diretores escolares entre 2011 e 2021.

O Saeb é uma prova nacional de português e de matemática aplicada a cada dois anos pelo governo federal a alunos de séries específicas para medir o desempenho deles nessas duas áreas básicas. Abaixo, confira o percentual de escolas no Brasil com programas contra o racismo:

Escolas com projetos sobre relações étnico-raciais/racismo (Saeb)

O que diz o MEC

O MEC informou que "tem trabalhado para modificar esse cenário desde o início da atual gestão".


Segundo a pasta, a primeira ação foi a recriação da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão), que tem em sua estrutura a Diretoria de Políticas de Educação Étnico-racial Educação Escolar Quilombola com o objetivo para formular, articular e executar as políticas voltadas para a implementação da lei que trata do ensino de história e cultura afro-brasileira.


Além disso, o MEC afirmou que foi retomada a formação de professores a partir do apoio financeiro às universidades e relançado o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, que fomenta a pesquisa na graduação e pós-graduação.


Outra iniciativa resgatada foi a Cadara, a comissão de assessoramento do MEC formada por entes federais e sociedade civil para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros.


Fonte: G1

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