Polícia recebe quatro denúncias contra professor de Joinville que apoiou ataque a creche de Blumenau
Uma das denunciantes estava na sala de aula quando o professor disse que “mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”
Quatro pessoas acionaram a Polícia Civil para denunciar o professor da rede estadual de Joinville que apoiou o ataque em creche de Blumenau, que terminou com a morte de quatro crianças.
De acordo com o delegado Vinícius Ferreira, responsável pelo caso, dois pais e dois estudantes procuraram a polícia — os relatos foram feitos após o caso ser publicado com exclusividade pelo AN na última sexta-feira (7).
Entre as denúncias estão também casos de racismo, homofobia, xenofobia e intolerância religiosa, por exemplo. Uma das denunciantes, inclusive, estava na sala de aula quando o professor disse que “mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”, se referindo ao ataque a creche.
Ainda conforme o delegado, as denúncias foram realizadas pelo telefone disponibilizado pela Polícia Civil. Para Vinícius Ferreira, os relatos são importantes para a investigação do caso.
— Servem para compreender a gravidade da ação. Aparentemente, não se trata de um caso isolado dentro da sala de aula — afirma.
Professor de Joinville que apoiou ataque a creche de SC será intimado a depor pela polícia
A princípio, o episódio será tratado como apologia ao crime por causa da fala incitando ódio e endossando a assassinato de crianças no ambiente escolar de Blumenau.
Tanto os estudantes como as famílias pedem a expulsão do professor. A Secretaria de Estado de Educação informou, em nota, que "está tomando todas as medidas cabíveis" e fará a "verificação dos fatos para dar andamento ao processo". No entanto, em nenhum momento menciona um possível afastamento do docente.
Nesta segunda-feira (10), o educador, a direção escolar e testemunhas envolvidas no caso vão prestar depoimentos após serem intimados pela Polícia Civil.
Para denunciar possíveis casos de discursos preconceitos do educador, basta procurar a 7ª Delegacia de Polícia de Joinville, que fica na Rua Prefeito Helmuth Fallgatter, número 215, bairro Boa Vista, ou entrar em contato pelo telefone 3481-2873, que também possui WhatsApp.
Professor está proibido de se aproximar de escolas
Conforme publicado exclusivamente pela colunista do NSC Total Dagmara Spautz, o professor de Joinville será monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de se aproximar mais de 50 metros de qualquer escola, seja ela pública ou privada.
A decisão judicial é deste domingo (9), assinada pelo juiz Yhon Tostes, que atendeu à representação da Polícia Civil.
A lista de medidas determinadas contra o professor inclui a proibição de acesso ou frequência a qualquer unidade escolar municipal, estadual ou federal, proibição de manter contato com qualquer estudante que tenha sido seu aluno ou presenciado os fatos narrados no inquérito, e obrigação de manter distância mínima de 50 metros dos estudantes, além do uso da tornozeleira eletrônica.
O juiz determina que seja dada ciência aos órgãos municipais, estaduais e federais de gestão da educação para que seja providenciada a suspensão do cargo do professor, e a proibição de se aproximar de qualquer escola.
A princípio, a Polícia Civil trata o episódio como apologia ao crime por causa da fala incitando ódio e endossando a assassinato de crianças no ambiente escolar de Blumenau.
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