RS amplia atendimento à saúde da mulher com sete serviços regionais
SERMulher RS tem objetivo de aumentar o acesso a atenção especializada em ginecologia

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) comemora implantação da estratégia SERMulher RS. A sigla refere-se aos Serviço Especializado de Referência à Saúde da Mulher, que já conta com as sete primeiras unidades habilitadas no Estado. Cada serviço oferecerá, de forma regionalizada, atendimento em ginecologia, incluindo suporte para câncer de útero e mama, endometriose, planejamento reprodutivo e climatério.
Desde que foi lançada em dezembro de 2024, a iniciativa já conta com serviços selecionados que entrarão em funcionamento em Sapucaia do Sul, Tenente Portela, Pelotas, Bagé, Teutônia e Osório e Giruá. Além destes, está em andamento um processo de seleção para mais 12 locais no Estado, cobrindo dessa forma todas as 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS).
O SERMulher RS oferece o cuidado integral em saúde da mulher em uma abordagem que reconhece a complexidade e singularidade das necessidades de saúde específicas desse grupo, desde a prevenção e promoção da saúde até o diagnóstico e tratamento de condições específicas, possibilitando a sequência do trabalho de rastreamento e investigação iniciado na atenção primária e encaminhando as usuárias para a atenção Terciária, quando necessário.
Confira serviços habilitados
Clínica de Saúde da Mulher – Sapucaia do Sul (1ª CRS - referência para os municípios das Regiões de Saúde R6, R7 e R8)
Associação Hospitalar Beneficente Santo Antônio – Tenente Portela (2ª CRS - referência para os municípios da Região de Saúde R15)
Hospital Universitário São Francisco de Paula – Pelotas (3ª CRS - referência para os municípios da Região de Saúde R21)
Santa Casa de Caridade – Bagé (7ª CRS - referência para os municípios da Região de Saúde R22)
Associação Beneficente Ouro Branco – Teutônia (16ª CRS - referência para os municípios das Regiões de Saúde R29 e R30)
Associação Beneficente São Vicente de Paulo – Osório (18ª CRS - referência para os municípios das Regiões de Saúde R4 e R5)
Hospital São José - Giruá (14ª CRS - referência para os municípios da Região de Saúde R14).
A nova estratégia se soma à rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio Grande do Sul, que conta com as unidades básicas dos municípios, 90 serviços de ginecologia, 104 maternidades de risco habitual, 30 maternidades de alto risco e 28 ambulatórios de gestação de alto risco.
Mulheres em idade fértil
As mulheres representam a maioria da população gaúcha: 52%, ou cerca de 5,6 milhões de pessoas, conforme censo do IBGE de 2022. Dessas, aproximadamente três milhões (ou 54% delas) são mulheres em idade fértil (entre 10 e 49 anos).
Em 2023, foram registrados 120.761 nascidos vivos no Estado, sendo observada uma queda na natalidade de 19.337 nascidos vivos (14%), em comparação com o ano de 2018, quando houve 140.098 (segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC).
Rede materno-paterno-infantil
A Rede materno-paterno-infantil no Estado abrange ações desenvolvidas nas unidades de saúde da Atenção Primária como o planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal e puerpério e ações desenvolvidas nas maternidades, como a atenção ao pré-natal de alto risco e a assistência ao parto, nascimento e puerpério imediato.
Por meio de uma proposta de colaboração entre as gestões estadual e municipal, trabalhadores da saúde e a população a SES desenvolve a Rede Bem Cuidar RS (RBC/RS). O projeto tem por objetivo incentivar a melhoria e o fortalecimento dos serviços oferecidos à população gaúcha, no período de 2024-2026, com Certificação Equipe de Saúde da Família Amiga da Mãe, Parceria e Criança. A RBC integra o Programa Estadual de Incentivos para Atenção Primária à Saúde (PIAPS) do Governo do Estado.
A diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Marilise Fraga de Sousa, destaca que uma das principais ações desenvolvidas pela secretaria, na área da Saúde da Mulher, em 2024, foi a publicação do novo Guia do Pré-Natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde - APS (2024) e dos Planos de Parto traduzidos em português, espanhol, francês, wolof e creole, diminuindo as barreiras de comunicação com as gestantes migrantes.
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