Sorteio de apartamentos, carros e dinheiro: casal de influenciadores é preso em operação contra golpe das rifas virtuais
Prêmios eram entregues, mas para pessoas próximas aos investigados, segundo a polícia. Há indícios de que "laranjas" eram usados para se passar por vencedores em transmissões pela internet.
Foto: Policia Civil / Divulgação
Um casal de influenciadores digitais é alvo de uma operação policial contra o golpe das rifas virtuais em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, nesta terça-feira (6). Os dois foram presos em flagrante por posse de arma de fogo. As identidades deles não foram divulgadas. Foram apreendidos mais de 15 veículos, a arma de fogo, dinheiro, documentos e joias.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos sorteavam casas, apartamentos, motocicletas, motos aquáticas, dinheiro e carros, mas os prêmios eram entregues a pessoas próximas a eles – e há indícios de que eles pagavam "laranjas" Brasil afora que apareciam em transmissões online se passando por vencedores.
O valor de uma "cota" para participar das rifas podia ser de R$ 0,10. Os influenciadores têm mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais. A polícia identificou que o casal movimentava milhões de reais em suas contas bancárias.
"Os indivíduos ostentam vida de luxo nas redes sociais, com veículos avaliados em mais de R$ 1 milhão, viagens ao exterior e aquisição de apartamento luxuoso em conhecido balneário de Santa Catarina", disse a Polícia Civil.
A investigação também aponta para a prática do crime de lavagem de dinheiro. Esses valores, segundo a investigação, seriam misturados com outros faturados por empresas dos influenciadores que prestam serviços ou vendem produtos paralelos. Além disso, foi identificada a propriedade de bens que não estão registrados em nome dos suspeitos. Com a mistura do capital e a ocultação dos ativos obtidos ilegalmente, os investigados lavariam o dinheiro ilícito.
Foto: Eduardo Paganella
Os dois respondem por exploração de jogos de azar, contra a economia popular e associação criminosa, além da lavagem de dinheiro.
Fonte: g1 RS
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