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Supremo acolhe pedido da PGR e inclui Bolsonaro na investigação sobre atos em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes afirmou que será analisado o pedido de interrogatório do ex-presidente

Fotos: Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na noite desta sexta-feira (13) acolher o pedido da Procuradoria-Geral da República e incluiu o presidente Jair Bolsonaro nas investigações dos atos extremistas em Brasília.


O inquérito mira “autores intelectuais” e instigadores dos atos do último domingo (8), quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos três poderes da República, em Brasília.


Moraes entendeu que um pronunciamento de Bolsonaro, postado e depois apagado das redes sociais no dia 10, foi mais uma das situações em que o ex-presidente se posicionou, “em tese”, de forma criminosa contra as instituições.


“O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi é fraudado”, escreveu o ministro.


Moraes também afirmou que, oportunamente, será analisado o pedido de interrogatório de Bolsonaro, já que, no momento, ele está fora do país.


Ainda segundo o ministro, o pedido do Ministério Público “apontou indício real de fato típico [crime] praticado pelo requerido [Jair Bolsonaro], a indicação dos meios que o mesmo teria empregado em relação às condutas objeto de investigação, e ainda, o malefício que produziu”, concluiu o ministro.


Diligências


Moraes também determinou algumas medidas dentro do inquérito:


  • realizar oitiva com especialistas em comunicação política de movimentos extremistas, “para aferir os potenciais efeitos de postagens extremistas nas redes sociais. que seja requisitado o vídeo postado e apagado no perfil de Bolsonaro;

  • que seja ouvido um especialista em comunicação política de movimentos extremistas para “aferir os potenciais efeitos de postagens em grupos de apoiadores”;

  • que sejam ouvidos especialistas em monitoramento de grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais e nas plataformas Whatsapp e Telegram, a fim de colher evidências do eventual impacto do vídeo, se neles circulou, sobre a organização de atos com motivação antidemocrática e sobre discursos que demandam rupturas institucionais.


Fonte: O Sul

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