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Trump é eleito presidente dos Estados Unidos

Republicano já teria mais de 270 delegados na eleição norte-americana

Foto: Jim Watson / AFP

Donald Trump está de volta à presidência dos Estados Unidos. Apesar de alguns estados ainda não terem terminado a contagem de votos, a imprensa norte-americana já considera o candidato republicano como chefe de Estado para os próximos quatro anos. A projeção é dada pela rede de notícias CNN.


O ex-presidente, de 78 anos, retorna à Casa Branca depois de uma campanha atípica, muito agressiva e incerta até o último minuto.


Trump venceu a disputa pela presidência ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral e derrotar a vice-presidente democrata Kamala Harris, segundo as projeções da imprensa americana.


Trump ganhou em mais da metade dos 50 estados do país, incluindo os estados-pêndulo da Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin, além dos importantes Texas e Ohio.


A cura republicana


Mais cedo, Trump reivindicou a vitória nesta quarta-feira (6) e prometeu "curar" os Estados Unidos. "Fizemos história", proclamou aos seus eleitores em West Palm Beach, Flórida.


"Vamos ajudar o nosso país a se curar", acrescentou Trump, convencido de que vai vencer também no voto popular, o que aconteceria pela primeira vez em 20 anos para um candidato republicano.


O líder republicano da Câmara de Representantes, Mike Johnson, já felicitou o "presidente eleito" Trump.


A sorte parece sorrir para os republicanos, que também retomaram dos democratas o controle do Senado, mudando o equilíbrio de poder em uma Câmara essencial para aprovar reformas.


Os americanos também votaram para renovar as 435 cadeiras da Câmara de Representantes e para o governo de vários estados.


"Muito melhor"


Os americanos viveram uma noite de ansiedade, enquanto o mundo observava, atento às repercussões na guerra na Ucrânia, nos conflitos no Oriente Médio e nas questões sobre aquecimento global, que Trump considera uma falácia.


China, Israel, França, Reino Unido e Índia já parabenizaram o republicano. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse esperar que Trump ajude a Ucrânia a alcançar uma "paz justa".


O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, felicitou Trump e disse que seu retorno à Casa Branca ajudará a Aliança a permanecer "forte".


Comício após comício, o republicano, que sofreu duas tentativas de assassinato durante a campanha, repetiu o roteiro de 2016 e 2020, apresentando-se como o candidato antissistema.


O discurso foi o mesmo em todas as ocasiões: a luta contra os migrantes em situação irregular que, segundo ele, "envenenam o sangue" do país.


Trump já chamou os migrantes de "terroristas", "estupradores", "selvagens" e "animais" que saíram de "prisões e manicômios".


Condenado por um crime no final de maio e com quatro processos pendentes, o republicano pintou um cenário sombrio do país durante uma campanha dominada pela retórica violenta.


Trump insultou a candidata democrata, de 60 anos, a quem chamou de "lunática radical da esquerda", "incompetente", "idiota" e pessoa com um "coeficiente intelectual baixo", entre outras ofensas. Ela respondeu chamando o adversário de "fascista".


Além disso, os últimos dias de campanha foram marcados pelo comentário de um humorista pró-Trump que disse que Porto Rico é como uma "ilha flutuante de lixo" ou por uma gafe do presidente Joe Biden que, em resposta, disse que "lixo" eram os eleitores do republicano.


Três meses

Kamala Harris, negra e de ascendência sul-asiática, também aspirava fazer história como a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto da nação.


Ela teve apenas três meses para convencer os americanos. A democrata entrou na campanha depois que o presidente Joe Biden desistiu da reeleição em julho e anunciou seu apoio à vice-presidente.


Kamala apresentou um programa eleitoral vago, mas centrista. Ela anunciou propostas de combate à imigração ilegal, melhorias para a classe média e de defesa do direito ao aborto.


Ela deveria falar com seus eleitores na Universidade Howard, em Washington, tradicionalmente frequentada por estudantes negros, onde a democrata também estudou, mas o discurso foi cancelado.


A alegria inicial dos apoiadores da democrata presentes no campus rapidamente virou preocupação. "Agora estou com medo, estou ansiosa. Nem consigo mexer as pernas", disse Charlyn Anderson.


Fonte: Correio do Povo

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