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Correios lançam proposta que prevê redução de jornada, suspensão de férias e fim do trabalho remoto

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 13 de mai.
  • 3 min de leitura

Esta é a primeira vez, desde 2016, que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Os Correios divulgaram nesta segunda-feira (12) um plano estratégico de trabalho para contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões obtido em 2024 e melhorar o fluxo de caixa da empresa. Entre as medidas anunciadas está o incentivo à redução de jornada de trabalho e, consequentemente, à redução do salário dos trabalhadores.


O documento foi divulgado internamente e disponibilizado pela empresa. Caso o plano consiga alcançar todos os itens apresentados, os Correios esperam economizar R$ 1,5 bilhão em 2025.


“Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas”, afirma o texto.


Para que a proposta funcione, a empresa espera contar com o apoio dos funcionários. São cerca de 86 mil profissionais que serão atingidos diretamente pelas medidas.


“Neste momento, a contribuição de cada empregada e empregado, por menor que pareça, é valiosa. Juntos, temos todas as condições de superar os desafios e construir um futuro mais promissor e vitorioso para nossa equipe”.


Puxado pelos Correios, estatais têm pior déficit da série histórica.


As medidas tomadas pela empresa são:


– Revisão da estrutura dos Correios Sede: redução de pelo menos 20% do orçamento de funções (redução dos cargos comissionados);

– Incentivo à redução da jornada de trabalho: diminuição do horário de trabalho para 6 horas diárias e 34h semanais. Atualmente, são 8h diárias e 44h semanais.

– Suspensão temporária de férias: a partir de 1º de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano. As férias voltarão a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026;

– Prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV): até 18 de maio de 2025, mantendo os atuais requisitos de elegibilidade;

– Incentivo à transferência, voluntária e temporária, de agente de correios: o pagamento do adicional de atividade será o mais vantajoso para empregados;

– Convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial: todos os empregados devem retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho de 2025, com exceção daqueles protegidos por decisão judicial;

– Lançamento de novos formatos de planos de saúde: a escolha da rede credenciada será dialogada com as representações sindicais. A economia estimada será de 30%;

– Lançamento do marketplace próprio ainda em 2025;

– Captação de R$ 3,8 bilhões com o New Development Bank (NDB), para investimentos internos.


No texto, a empresa estatal justifica o prejuízo que teve em 2024 e argumenta que a situação se deve aos impactos da “queda nas receitas com encomendas internacionais”, conforme mostrou o g1 em abril. Porém, reconhece um aumento de despesas no período.


Entre os aumentos significativos registrados ano passado estão os custos operacionais, que aumentaram R$ 716 milhões em relação ao ano anterior. Passando de R$ 15,2 bilhões para R$ 15,9 bilhões. Esse é o maior custo anual realizado pelos Correios desde 2017, quando a empresa gastou R$ 16 bilhões, diz o texto.


A maior parte desse aumento de custos corresponde aos gastos com pessoal, que passou de R$ 9,6 bilhões em 2023 para R$ 10,3 bilhões em 2024.

O déficit em 2024 é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 597 milhões. O termo “déficit” significa que o gasto somado foi maior que a receita que os Correios conseguiram gerar no ano.


Na apresentação deste ano, os Correios reajustaram os dados de 2023 para melhor representar as normas contábeis e, assim, o resultado final do ano anterior acabou subindo para R$ 633 milhões. Esta é a primeira vez, desde 2016, que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações. À época, a empresa teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões em valores atualizados).


Entre as justificativas dadas pela empresa para o resultado negativo, está o fato de que apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento terem superávit — quando as receitas são maiores do que as despesas. As informações são do portal de notícias g1.

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