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Feminicídios deixam um órfão a cada quatro dias no RS

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Somente em 2025, 74 filhos perderam a mãe após 58 casos de feminicídio no Estado

Foto: Duda Fortes - Agência RBS
Foto: Duda Fortes - Agência RBS

A violência contra a mulher no Rio Grande do Sul segue um cenário alarmante, com dados que refletem tanto o trágico aumento de vítimas fatais quanto as consequências devastadoras para as crianças e adolescentes que ficam órfãos. Somente em 2023, 58 mulheres foram assassinadas no Estado, com destaque para um dado particularmente preocupante: até o final de setembro, 74 crianças e adolescentes ficaram órfãos devido a feminicídios, sendo 42 deles menores de 18 anos.


Isso significa que, a cada quatro dias, uma nova criança perde a mãe para a violência doméstica no Rio Grande do Sul, reforçando a necessidade urgente de políticas públicas de proteção e apoio psicológico para essas vítimas indiretas. Nos últimos cinco anos, de janeiro de 2021 a outubro de 2025, foram 421 mulheres assassinadas e 660 órfãos, o que destaca a gravidade da situação e a importância de intervenções no sistema de justiça e segurança pública.


Apesar dos números ainda alarmantes, setembro de 2023 trouxe uma luz no fim do túnel, com uma redução significativa de 57% nos feminicídios, comparado ao mesmo período de 2024. No mês passado, o número de mulheres assassinadas caiu para três, contra sete vítimas no mesmo mês do ano passado, indicando uma possível mudança na tendência de violência, embora a situação ainda exija vigilância constante.


Como parte dos esforços para mitigar os impactos dessa tragédia, um novo decreto federal, publicado em 30 de setembro de 2023, visa garantir uma rede de proteção para os órfãos da violência doméstica. Com a regulamentação da Lei 14.717/2023, crianças e adolescentes menores de 18 anos que perderam suas mães para o feminicídio terão direito a um salário mínimo mensal, pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa medida, que abrevia a necessidade de uma ação judicial, busca minimizar as consequências econômicas e sociais dessa perda irreparável, oferecendo um apoio financeiro essencial para o futuro dos órfãos.


A esperança é que, com a continuidade das ações de prevenção e amparo, o número de feminicídios continue a cair, e que as políticas públicas cada vez mais abrangentes possam dar suporte às vítimas dessa violência brutal.


Fonte: GZH

 
 
 

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