"GreNal 448: mais do que um jogo, um teste de sobrevivência." Por Fábio Giacomelli
- Saimon Ferreira

- 19 de set.
- 2 min de leitura
Colorado defende invencibilidade no clássico desde 2023 e tenta transformar discurso em reação dentro de campo

O domingo (21), às 17h30min, no Beira-Rio, será marcado por mais um GreNal, válido pela 24.ª rodada do Brasileirão. O clássico de número 448. E nunca é demais lembrar: há paternidade colorada neste duelo. São 165 vitórias do Inter contra 141 do rival. Aliás, 141 é também o número de empates.
E como a fase dos dois é tão ruim, não será surpresa se o próximo encontro terminar sem vencedor. Nesse cenário, o Grêmio perderia até para o empate na estatística. Seria, oficialmente, a terceira força do GreNal: atrás do Inter e atrás… do próprio empate.
É verdade que o Inter não perde um clássico desde o GreNal 439, lá em 21 de maio de 2023. Mas o passado pouco consola quando o presente é tão ruim. São derrotas em sequência, eliminações vergonhosas, atuações pífias e uma crença da torcida enterrada no mais fundo do Beira-Rio. Some-se a isso o abismo entre o discurso da gestão e o que realmente se vê em campo. Dizem que internamente os treinos têm sido positivos. Pois bem: se treino decidisse jogo, já estaríamos classificados nas Copas e brigando pelo G4.
E se dentro de campo o caos é nítido, fora dele o Inter parece ter atraído azar em dobro. Só nesta semana, uma entrevista mal explicada do volante Fernando virou polêmica, seguida do empresário tentando justificar dizendo que foi “tirada de contexto”. Depois veio a história do atraso de salários — negada com veemência pelo diretor Andrés D’Alessandro. Ídolo colorado, D’Ale pediu para separar sua imagem pessoal da de dirigente. Aceita as cobranças, mas sustenta: acredita em Roger Machado. Disse, inclusive: “Estamos convencidos de que podemos reverter com ele.” O mesmo refrão repetido por José Olavo Bisol, o vice de Futebol. O discurso, como sempre, parece muito mais otimista do que a realidade.
Dentro das quatro linhas, a imprensa da capital aponta para mudanças. Provável escalação: Rochet; Aguirre, Vitão, Juninho e Bernabei; Thiago Maia, Bruno Henrique, Tabata, Alan Patrick e Carbonero; Borré. A ausência mais sentida pode ser Alan Rodríguez, que estaria com dores. Tomara que se recupere, pois sua presença muda o meio-campo. Também é hora de resposta de dois jogadores que têm entregado pouco: Alan Patrick, agora com contrato renovado, e Borré, dono de um salário próximo dos dois milhões de reais.
No apito, Marcelo de Lima Henrique. A CBF gosta de usá-lo em clássico porque é considerado “seguro”. Será o quinto GreNal dele, incluindo a final do último Gauchão, disputada no Beira-Rio.
Como torcedores, não deixaremos de acreditar. Mas é preciso muito mais. É preciso mostrar dentro do campo aquilo que tanto repetem nas tais avaliações internas. Se quiserem resgatar a confiança da arquibancada, tudo pode começar neste domingo. Uma vitória no clássico pode ser o primeiro passo para devolver a fé a quem jamais deixou de torcer.






























Comentários