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Identificada mulher que teve corpo deixado em mala na rodoviária de Porto Alegre

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 8 de set.
  • 3 min de leitura

Natural de Arroio Grande, Brasilia Costa tinha 65 anos e era irmã de sargento da Brigada Militar

Foto: Marcel Horowitz
Foto: Marcel Horowitz

Foi identificada como Brasilia Costa, de 65 anos, a vítima de esquartejamento que teve parte do corpo deixado em uma mala na rodoviária de Porto Alegre. O companheiro dela, Ricardo Jardim, de 66 anos, é apontado como suspeito. A prisão dele foi anunciada na manhã desta sexta-feira, em coletiva da Polícia Civil.


A mulher trabalhava como manicure e era natural de Arroio Grande. O irmão dela é sargento da Brigada Militar, da reserva. Ela era vizinha do criminoso, que residia em uma pousada no bairro São Geraldo.


Os dois mantinham um relacionamento amoroso há seis meses. Segundo a investigação, após o crime, o homem utilizou o celular da namorada para mandar mensagens aos parentes dela, fingindo ser a mulher. Por isso, o desaparecimento da vítima não foi registrado.


Ele estava foragido desde abril do ano passado e era sustentado com a ajuda da companheira, de acordo com a 2ª Delegacia de Homicídios (DHPP). Após a morte da mulher, ainda sacou valores com os cartões bancários dela. A apuração policial indica que o crime foi cometido por motivação financeira.


A vítima morreu no dia 9 de agosto. Quatro dias depois, teve pernas e braços deixados em um saco de lixo no bairro Santo Antônio, na zona Leste. Em 20 de agosto, a mala com o tronco foi deixada no guarda-volumes da rodoviária, em nome e endereço de uma pessoa que trabalha em um escritório de contabilidade, em Canoas, mas que nada tem a ver com o crime.


Após deixar o corpo na rodoviária, se mudou para outra pousada, no bairro São João, onde foi preso. "O investigado disse que a mulher morreu por mal súbito e que ficou com receio de ser incriminado. Por isso, diz ele, resolveu esquartejá-la”, disse o titular interino da 2ª Delegacia de Homicídios, André Freitas.


Motivação financeira


O titular interino da 2ª DHPP afirmou que o preso estava foragido desde abril do ano passado. Nesse intervalo de tempo, era sustentado com a ajuda da namorada, apesar de ter formação como publicitário. A suspeita é que o crime tenha sido cometido por motivação financeira.


"Acreditamos que o criminoso agiu com motivações financeiras. Ele estava foragido, ou seja, em uma situação complicada para ganhar dinheiro. Sabemos que a mulher fez transferência de valores ao companheiro durante todo o relacionamento. Além disso, depois do crime, o homem ainda realizou saques bancários com os cartões da vítima”, destacou o delegado André Freitas.


Condenação por morte de mãe


O mesmo preso foi condenado, em 2018, a 28 anos de reclusão por matar e concretar a própria mãe, em 2015, no bairro Mont’Serrat. Conforme o Ministério Público, a motivação desse crime foi, também, econômica.


"A vítima usufruía do seguro de vida do falecido marido, no valor de R$ 400 mil, do qual o filho se apossou após o crime. Ela foi morta com 13 facadas nas costas”, destacou o MP, na época dos fatos.


No julgamento, o réu confessou que ocultou o cadáver, mas negou a morte. Segundo ele, a mãe se suicidou. Jardim foi considerado culpado por três crimes: homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e meio cruel), ocultação de cadáver e posse de arma. Ele fugiu do regime semiaberto em abril de 2024.


Possíveis outras vítimas


O publicitário utilizava tecnologia para atrair mulheres. Segundo a Polícia Civil, ele administrava perfis falsos nas redes sociais e, por meio de Inteligência Artificial (IA), se passava por jovens na faixa de 20 anos, com a intenção de atrair mulheres. Também fingia ser praticante de esportes


"Ele era bastante ativo nas redes sociais. Tinha habilidade com tecnologias e utilizava ferramentas de Inteligência Artificial em seus perfis e, assim, atraía mulheres”, disse o delegado André Freitas.


Outra investigação busca esclarecer se o preso fez outras vítimas por meio da internet. “Ele tem traços de personalidade de assassino em série”, pontuou o diretor do DHPP, delegado Mario Souza.

 
 
 

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