“Se o campo não traz respostas, a política traz.” por Fábio Giacomelli
- Saimon Ferreira

- há 2 dias
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Com o time em crise e o ambiente político em ebulição, o Inter antecipa o clima eleitoral enquanto busca reação urgente em campo diante de Atlético-MG e Vitória

A sequência de resultados negativos do Inter tem ampliado o ambiente bélico no entorno do
Beira-Rio. A equipe saiu para dois confrontos fora de casa e voltou apenas com gastos na
bagagem. Os pontos ficaram todos pelo caminho.
Com o futebol incapaz de oferecer alento, o vazio foi rapidamente ocupado pela política. A
cúpula colorada já respira o ar de eleição, 14 meses antes do pleito.
A entrevista recente de Alessandro Barcellos, atual presidente, não trouxe novidades. Foi previsível, burocrática e, justamente por isso, serviu de estopim para especulações sobre os próximos passos.
No cenário da situação, Bisol surge como o nome natural à sucessão. No entanto, as janelas
de contratações fracas e os resultados desastrosos no campo praticamente o retiram da disputa.
Do outro lado, o Movimento Inter Grande (MIG) prepara terreno, e o nome de Alexandre Chaves Barcelos aparece entre os cotados. Mas a política colorada é movediça. O ex-presidente Giovanni Luigi voltou a circular nos bastidores, e não se descarta que seu nome
seja o escolhido.
Leonardo Aquino, filho do conselheiro e ex-candidato José Aquino Flôres de Camargo,
ganhou projeção ao liderar o debate sobre o reconhecimento do título de 2005. É visto por
muitos como uma possível surpresa e, sobretudo, uma voz jovem que pode trazer novidadesinteressantes ao colorado. O Povo do Clube, que já transitou entre diferentes alianças,
também pode apresentar candidatura própria. Ou seja: mesmo longe da urna, o Inter já vive o
seu primeiro tempo eleitoral.
Apesar disso, o atual mandatário apela por uma trégua momentânea. Pede união, ao menos
até o time sair dessa desgostosa situação. E, de fato, o Inter precisa reagir. Precisamos de três
vitórias urgentes. E os próximos dois confrontos podem definir o rumo da temporada.
Primeiro, o Atlético-MG, no Beira-Rio, que chega de um desgastante jogo no meio da
semana e já garantiu vaga na final da Sul-Americana. Depois, o Vitória, em Salvador,
confronto direto, daqueles de “seis pontos”.
Nos bastidores, é certo que a política seguirá fervendo. Mas o que o torcedor quer ver
agitar-se, de novo, são os jogadores. O Inter das últimas partidas tem sido amorfo, sem alma,
cometendo erros primários. Se o problema for salário, que o clube pague e cobre
desempenho. Honrar compromissos antes de discursar no microfone é o primeiro passo.
O torcedor colorado espera uma reação e não mais pedidos ou promessas. Quer atitude em
campo, não palanque.






























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