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"Uma pedra no sapato chamada organização." por Fábio Giacomelli

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 17 de out.
  • 2 min de leitura

Time acumula falhas defensivas, repete erros e vive nova fase de reconstrução sob pressão

Foto: Reprodução de Vídeo
Foto: Reprodução de Vídeo

Um time organizado consegue ser, no mínimo, competitivo. Essa é uma verdade que o futebol não cansa de reafirmar, ainda que alguns insistam em ignorá-la. No meio da semana, a dicotomia ficou exposta em sua forma mais crua: de um lado, um Mirassol bem treinado, consciente do que faz com e sem a bola; do outro, um Internacional perdido, desorganizado, tentando se reencontrar em meio a mais um processo de “reconstrução”.


Em condições normais, enfrentar o lanterna em casa seria uma boa notícia. Na atual situação colorada, é o contrário: um peso a mais sobre um grupo que oscila entre a insegurança e o desânimo. Depois de mais uma pausa para a Data FIFA, o que se viu foi a repetição dos mesmos erros: o conformismo, a falta de criatividade e o discurso de que “as coisas estão melhorando”. Não estão.


Comparando jogador por jogador, o Inter é, sim, superior a Mirassol e Sport. Mas o futebol, felizmente ou infelizmente, não se resume à soma das peças. Às vezes, a qualidade reconhecida fora de campo não significa absolutamente nada dentro dele. O Mirassol sabia o que fazia. O Inter, em momento algum, soube. E é isso que assusta antes de enfrentar o lanterna. Porque quando falta organização, falta tudo: posicionamento, confiança, reação, alma.


O segundo gol do Mirassol foi o retrato fiel desse caos. A bola circula, o adversário avança sozinho, ninguém acompanha. Dono da sexta pior defesa do Brasileirão, o Inter chega a esta reta final com uma missão clara: parar de sofrer tantos golos. Foram 41 em 27 jogos. É muita coisa. E quando até os goleiros se tornam reincidentes em falhas , Rochet já falhou, e Anthony repetiu a dose duas vezes, o problema deixa de ser individual. É estrutural.


O primeiro passo para mudar é simples de dizer e difícil de executar: organizar-se. Dentro e fora de campo. Porque é da organização que nasce o coletivo, e do coletivo renasce o ânimo. O grande desafio dos Díaz, a partir de agora, vai muito além de vencer o Sport ou qualquer outro adversário. É devolver ao Inter um mínimo de estrutura, de identidade, de sentido.


O resultado será apenas consequência. Antes disso, é preciso reconstruir o alicerce, aquele que o Inter, há algum tempo, parece ter deixado pelo caminho. Sem organização, nenhum sonho se sustenta. Com ela, até as pedras no sapato se tornam degraus.


Por Fábio Giacomelli, jornalista e host do Podcast Conversas Coloradas

 
 
 

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