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Universidade Federal do Rio Grande lança graduação inédita em Engenharia de Robôs

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 31 de out.
  • 3 min de leitura

Com início previsto para 2026, o curso oferecerá 40 vagas, que já estarão incluídas na próxima edição do Sisu

Foto: Altemir Vianna / Furg/Divulgação
Foto: Altemir Vianna / Furg/Divulgação

A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) será a primeira universidade pública federal do país a oferecer o curso de bacharelado em Engenharia de Robôs. O início das atividades está previsto para 2026, com 40 vagas disponíveis, que já estarão incluídas na próxima edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).


O curso foi viabilizado com o apoio do Programa Universidades Inovadoras, do Ministério da Educação (MEC), e da Sociedade Brasileira de Robótica (SBRobótica). Até então, a formação em Engenharia de Robôs existia apenas em uma instituição privada, localizada em São Bernardo do Campo, São Paulo.


— Temos uma linha de pesquisa em robótica que é uma das mais reconhecidas do país, tanto pelo número de publicações quanto pelas entregas em projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Todo esse histórico e a importância do C3 junto à comunidade nacional de robótica nos permitiram conquistar o credenciamento como unidade Embrapii — afirma o diretor do Centro de Ciências Computacionais (C3), Eder Gonçalves.


Estrutura e proposta curricular

O curso de Engenharia de Robôs terá duração de cinco anos, em regime integral, com carga horária total de 3.795 horas.


O currículo integrará fundamentos de matemática, física, computação, eletrônica e mecânica, avançando para áreas como robótica móvel, manipuladores, visão computacional, robótica subaquática e aérea, além da robótica de reabilitação.


A estrutura pedagógica priorizará projetos práticos, laboratórios e interação com a indústria desde os primeiros semestres. A concepção do curso envolveu o Centro de Ciências Computacionais (C3) e diversas unidades da Universidade.

— A ideia é criar um ambiente de inovação dentro da unidade acadêmica e da Furg, onde os alunos possam aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula no desenvolvimento de projetos reais, muitos deles ligados a demandas da indústria — explica o professor.


A proposta foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração (Coepea) em 17 de outubro e define os fundamentos da nova graduação, bem como os parâmetros legais para a criação das disciplinas específicas. 


Histórico de pioneirismo


Desde 1990, a Furg é reconhecida pelo seu pioneirismo no desenvolvimento da robótica. O Centro de Ciências Computacionais é considerado uma das principais escolas de robótica do país, com destaque nacional e internacional na área.


— Fomos uma das primeiras universidades a criar o curso de Engenharia de Computação no país. Depois, lançamos também o mestrado e o doutorado nessa área. Agora, com a Engenharia de Robôs, reafirmamos esse papel inovador — comemora Eder.


Essa reputação foi determinante para o credenciamento da unidade iTec/FURG-Embrapii, voltada ao desenvolvimento de soluções em ciência de dados, robótica e automação. O centro já movimentou mais de R$ 40 milhões em projetos com empresas.


Outro destaque do C3 é a equipe FURGBot (Fbot), tetracampeã nacional nas categorias RoboCup@Home e RoboCup@Work da Competição Brasileira de Robótica. O grupo, formado por estudantes e professores, acumula diversas premiações em torneios nacionais e internacionais.


Nova graduação, novos laboratórios


Segundo Eder Gonçalves, a garantia de vagas para docentes e técnicos disponibilizadas pelo MEC é fundamental para o sucesso do curso.

— Podemos ter a melhor infraestrutura do mundo, mas, sem as pessoas certas para trabalhar, não adianta. Essa segurança em termos de recursos humanos já está assegurada — destaca o diretor do C3.


Além de fortalecer a equipe, o novo curso permitirá a construção de novos laboratórios e a atualização dos já existentes, ampliando as condições de ensino e pesquisa.


— Estamos trabalhando para viabilizar, por meio de diferentes fontes de financiamento, a construção de laboratórios voltados à Engenharia de Robôs, além de modernizar os espaços que já temos. Com o novo curso e o apoio de políticas nacionais, esperamos fortalecer ainda mais essa base — garante.

 
 
 

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