Chama Crioula será acesa em Caxias do Sul e dará início aos Festejos Farroupilhas 2025
- Saimon Ferreira

- 13 de ago.
- 4 min de leitura
Delegações das 30 Regiões Tradicionalistas começam a chegar aos pavilhões da Festa da Uva na próxima sexta. No sábado, desfile deverá reunir cerca de 1,5 mil cavalarianos

Caxias do Sul se prepara para receber um dos eventos mais importantes do tradicionalismo gaúcho. A Chama Crioula de 2025, símbolo que marca o início oficial aos Festejos Farroupilhas, será acessa na Serra pela primeira vez na história. O evento ocorre na próxima sexta-feira (15) e sábado (16) e deve reunir representantes de todas as 30 Regiões Tradicionalistas, que buscam uma centelha da chama e depois levam às suas cidades.
De quinta-feira (14) até domingo (17), com a chegada das delegações aos Pavilhões da Festa da Uva, a Fiscalização de Trânsito prestará suporte em todo período. A expectativa, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMTTM), será de movimentação intensa no entorno do parque.
O evento também terá uma cavalgada pelas ruas centrais da cidade (confira abaixo) na manhã de sábado (16). O desfile se inicia por volta às 10h30min, após a distribuição da Chama Crioula entre as delegações das 30 Regiões Tradicionalistas. A estimativa é de que 1,5 mil cavalarianos participem do desfile.
O roteiro passa por alguns dos principais pontos turísticos de Caxias do Sul: sai dos pavilhões da Festa da Uva e segue até a Rua Sinimbu, sobe a Rua Angelina Michelon e dobra na Avenida Júlio de Castilhos à direita. No início da Júlio haverá uma parada para que todo o grupo seja reunido em frente ao Monumento a Getúlio Vargas e à Praça Abramo Eberle. Alguns representantes irão atravessar a BR-116 para uma homenagem aos 150 anos da Imigração Italiana no Monumento Nacional ao Imigrante. Depois, o desfile retorna pela Avenida Júlio até a Rua Visconde de Pelotas e retorna aos Pavilhões (veja o roteiro completo abaixo).
A estimativa dos organizadores é de que o desfile dure cerca de 2h30min. A Fiscalização de Trânsito irá acompanhar o trajeto, inclusive interrompendo a cavalgada em alguns momentos para que os veículos circulem nas vias transversais. Nas ruas mais largas, como a Sinimbu, o trânsito não será interrompido totalmente, sendo que uma pista será reservada aos cavalos e nas demais os carros poderão circular. Conforme a cavalgada for passando, equipes da Codeca farão a limpeza das ruas. cidade de Humaitá, onde será redistribuída para todos os CTGs pertencentes a região.
Programação 76ª Geração e Distribuição da Chama Crioula
Local: Parque de Eventos Mário Bernardino Ramos - Festa da Uva
Quinta-feira, dia 14
13h - Recepção das Delegações e Instalação da Inspetoria Veterinária
Sexta-feira, dia 15
9h - Reunião com Diretores de Cavalgada Regional
Passeio Turístico
18h - Concentração das Delegações a Cavalo
18h30min - Acolhida e Bênção Ecumênica
Desfile e Apresentação das Regiões Tradicionalistas
Cerimônia de Abertura
Espetáculo Artístico e Geração da Chama Crioula
Show com Grupo Girotondo (músicas italianas)
Show com Grupo Os Bertussi
Sábado, dia 16
8h - Concentração dos Cavaleiros
8h30min - Sessão Solene de Abertura
9h - Distribuição da Chama Crioula e Desfile pelas ruas de Caxias do Sul
Como será o trajeto do desfile
Ida
Saída do Portão 6 dos Pavilhões da Festa da Uva
Rua Ludovico Cavinato
Rua João Venzon
Perimetral Ruben Bento Alves
Rua Matteo Gianella
Rua Feijó Júnior
Rua Sinimbu
Rua Angelina Michelon
Avenida Júlio de Castilhos
Parada no início da Júlio, onde a Avenida encontra a BR-116, em frente ao Monumento a Getúlio Vargas e à Praça Abramo Eberle. (nesse momento alguns representantes irão até o Monumento Nacional ao Imigrante para uma homenagem aos 150 anos da Imigração Italiana).
Retorno
Avenida Júlio de Castilhos
Rua Visconde de Pelotas
Rua Moreira César
Perimetral Ruben Bento Alves
Rua Ludovico Cavinatto
Entrada no Portão 6 dos Pavilhões da Festa da Uva
Chama Crioula completa 78 anos de tradição
Reconhecida por lei estadual como patrimônio cultural imaterial do Estado e símbolo da cultura regional gaúcha, a primeira Chama Crioula foi acesa em 7 de setembro de 1947, em Porto Alegre, pelo Grupo dos Oito, liderado por Paixão Côrtes. Originada a partir de uma centelha da Pira da Pátria e mantida em uma Ronda Crioula no Colégio Júlio de Castilhos, a chama simbolizava a união do Rio Grande do Sul com o Brasil, dando início à tradição de sua guarda durante a Semana Farroupilha.
Desde então, o fogo tornou-se um dos símbolos centrais do tradicionalismo gaúcho, sendo reverenciado anualmente na abertura das comemorações farroupilhas. Até hoje, gaúchos e prendas percorrem longas distâncias a cavalo para buscar uma centelha da chama original, mantendo viva uma tradição que celebra as raízes culturais e históricas do Estado.
Depois de acessa, no dia 16, a Chama Crioula permanecerá em Caxias do Sul na Casa do Gaúcho (Rua Teixeira de Freitas, 1.461) para, segundo o presidente da 25ºRT, Rodrigo Ramos, tentar ser mantida até o ano que vem, quando poderá ser entregue para o município de Rio Pardo, o próximo da lista.
Caxias do Sul é reconhecida como capital estadual dos CTG’S por ter a maior quantidade de entidades do Estado. São 90 associações entre piquetes, departamentos campeiros e grupos de cavalgada.
Depois de Caxias e conforme a 79ª Convenção Tradicionalista, realizada em 2014, que definiu a lista das regiões responsáveis pela geração e distribuição do símbolo, o município de Bento Gonçalves, por meio da 11ª RT, será a próxima sede da Serra a gerar a Chama Crioula, em 2030.






























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