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Comissão de Agricultura discute riscos da infestação e a caça de javalis no Rio Grande do Sul

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

Infestação do animal e seus prejuízos à produção rural foram tema de debate na Assembleia Legislativa

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo discutiu os riscos da infestação e a caça de javalis no Rio Grande do Sul. A reunião foi conduzida pelo presidente do colegiado, deputado Zé Nunes (PT).


O debate contou com a participação do presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, do representante da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Maurício Zancanaro, do chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Rogério Groff, e da  auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Rojana Girardi.


Conforme Rogério Kerber o estado perdeu o controle com relação a presença do javali.


"Este predador está colocando em risco sanitariamente, no tocante a transmissão de aftosa, peste suína clássica ou africana", ressaltou.

Ele contou que os relatos da presença do animal na zona rural ultrapassam a pecuária.


"Talvez o prejuízo maior está na produção de grãos, tubérculos, com propriedades que estão desistindo da produção", salientou.

Para o presidente da Fundesa a Assembleia Legislativa pode ajudar a encontrar um meio de reduzir a expansão destes predadores e dar tranquilidade para os produtores rurais.


Por sua vez, o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi, Fernando Groff, afirmou que a secretaria tem o entendimento que, hoje, o problema do javali é muito mais ambiental do que sanitário.


"Como a gente é livre de várias doenças que ele pode ser o vetor e, apesar dos riscos, ele segue sendo um problema ambiental, causando prejuízos maiores na agricultura do que na pecuária", esclareceu.

Para ele, é necessário um ataque massivo para eliminar a população de javalis, e não apenas para reduzir os indivíduos.


A auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Rojana Girardi, o ministério não tem ingerência em legislar sobre o tema. Ela explicou que os javalis são mais resistentes que os suínos domésticos e trazem doenças para outros animais.


"O que aconteceria no RS se estas doenças, como a peste suína, se estabelecesse em nosso estado?", questionou.

Já o representante da Acsurs, criticou a legislação existente quanto ao manejo - caça do javali, que, segundo ele, gera abordagens sem padrão, é ineficaz e acarreta em preocupação para os produtores.


"Enquanto no Brasil o controle da população do animal é voluntário, em outros países o governo paga a caça e impõe metas a serem cumpridas. Na Alemanha eles matam 300 mil exemplares por ano, mas a meta a ser atingida é de 500 mil aniimais", ilustrou.

O presidente da comissão, deputado Zé Nunes, disse que é preciso unificar a legislação a respeito do combate ao javali e abrir um espaço de diálogo mais intenso com os órgãos federais que tratam da legislação do combate.


"Não faltará vontade da Assembleia de tomar a iniciativa, mas sabemos que temos limites", afirmou.

O deputado Luciano Silveira (MDB), proponente do debate, informou que protocolou um pedido de Frente Parlamentar para tratar do combate ao javali.


"Nossa intenção é buscar legislações modelos que estão funcionando em outros estados da federação, também afetados pela proliferação do javali", informou.

Também se manifestaram o representante da Fetag, Gustavo Taborda Neves; o representante da Famurs, Ismael Horbach e o representante da Farsul, Luiz Fernando Pires. 


Fonte: Assembléia Legislativa RS

 
 
 

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