Governo reduz projeção do salário mínimo para 2026
- Saimon Ferreira

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Se a nova projeção se confirmar, o salário mínimo de 2026 deverá subir cerca de 7,2% em relação ao piso atual de R$ 1.518. Na prática, o valor cai para R$ 1.404,15 após o desconto de 7,5% do INSS

O governo federal reduziu a projeção do salário mínimo para 2026, que passou de R$ 1.631 para R$ 1.627. A revisão foi apresentada em atualização enviada pelo Ministério do Planejamento ao Congresso para orientar a análise do Orçamento do próximo ano. O valor definitivo será divulgado oficialmente em breve.
Se a nova projeção do governo se confirmar, o salário mínimo de 2026 deverá subir cerca de 7,2% em relação ao piso atual de R$ 1.518. Na prática, isso significa que um trabalhador que hoje recebe R$ 1.518 — valor que cai para R$ 1.404,15 após o desconto de 7,5% do INSS — teria um reajuste calculado a partir desse patamar.
A redução da projeção tem relação direta com a inflação mais baixa do que o governo esperava. Como os preços de produtos e serviços subiram menos nos últimos meses, a inflação deste ano deve fechar abaixo da previsão inicial. Esse resultado influencia o cálculo do piso salarial, que considera justamente a variação dos preços. Por isso, a estimativa de reajuste do salário mínimo para 2026 ficou menor.
O valor final do salário mínimo deve ser anunciado nos próximos dias, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), índice de inflação usado no cálculo do piso. A expectativa é de que fique próximo da projeção atual de R$ 1.627.
A correção considera a inflação acumulada em 12 meses até novembro e o crescimento do PIB, que compõem a fórmula oficial de reajuste. Pelas regras vigentes, esse aumento tem um limite definido pelo arcabouço fiscal, que permite um ganho real de até 2,5% acima da inflação.
Impacto no Orçamento
O salário mínimo serve de base para uma série de despesas federais, como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e abono salarial. Apesar de ter enviado ao Congresso as novas projeções econômicas, o Ministério do Planejamento não solicitou redução dessas despesas. A pasta afirmou que qualquer ajuste dependerá de decisão dos parlamentares.
Segundo o governo, uma estimativa menor para o mínimo tende a diminuir automaticamente o gasto com benefícios, mas a revisão dessas contas envolve outros fatores, como o número de pessoas atendidas. Caberá ao Congresso definir se é oportuno alterar as previsões de gastos previdenciários e sociais na análise do Orçamento.






























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