"Mais uma eliminação." por Cleison Manganeli
- Saimon Ferreira

- 25 de jul.
- 2 min de leitura
Equipe mostra pouca reação em campo, repete erros antigos e dá adeus à Sul-Americana sob vaias e desconfiança: "time ruim com motivação só perde motivado."

A festa da torcida para a tomada definitiva do clube na Arena foi emocionante. Fora de campo, tudo perfeito. Dentro das quatro linhas, o time até apresentou mais ímpeto em relação às partidas anteriores, mas manteve os problemas já conhecidos há temporadas. Como diriam os mais experientes, "time ruim com motivação só perde motivado".
Ainda não consigo afirmar com certeza se o Grêmio foi realmente mais ofensivo ou se o time peruano apenas administrou a vantagem e permitiu que o Imortal controlasse a posse de bola. O que ficou evidente foi a bagunça em campo: poucas chances de gol para uma equipe que precisava vencer por dois de diferença.
A individualidade, que antes compensava as falhas táticas, já não surte o mesmo efeito. Kike Oliveira voltou aos gramados claramente aquém dos demais. Já Braithwaite, mesmo buscando jogo e tentando participar das jogadas, segue isolado e incapaz de cumprir sua principal função: balançar as redes. Isso, em grande parte, pela falta de repertório ofensivo do time. Riquelme, por sua vez, foi atirado aos leões em uma partida decisiva. Pareceu uma tentativa de agradar à torcida, mas, no fim, seu desempenho e posicionamento acabaram sendo os mesmos dos outros meias que já passaram pela posição. Isso nos leva a refletir: será que o problema é só a qualidade técnica ou há algo mais profundo impedindo que alguém se firme no lugar desde a saída de Douglas?
Com a eliminação, surgem reforços. Balbuena, Carlos Vinícius e, possivelmente, Mayke. A gestão, que havia priorizado a contratação de jovens promissores, agora volta a apostar em jogadores experientes e “cascudos”. Essa guinada de estratégia só reforça a falta de convicção e planejamento da diretoria. Há também rumores de que os magnatas tricolores possam investir em um grande nome para a temporada.
Com apenas uma competição pela frente, há tempo para trabalhar o elenco e buscar um desempenho melhor. É possível, mas é preciso algo novo. Não se trata apenas de trocar seis por meia dúzia. O Grêmio precisa definir um estilo de jogo, um posicionamento mais consistente entre as linhas e, principalmente, organizar jogadas. Sem isso, o esforço continuará insuficiente.































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