top of page

“O Agente Secreto” é o filme escolhido como representante brasileiro no Oscar 2026

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • há 3 horas
  • 3 min de leitura

Ambientado durante a ditadura militar no Brasil, "O Agente Secreto" conta a história de um professor que se muda para o Recife e descobre que está sendo espionado

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

“O Agente Secreto” foi o escolhido pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2026 na categoria de Melhor Filme Internacional, vencida neste ano por “Ainda Estou Aqui”. O anúncio foi feito pela Academia Brasileira de Cinema na manhã desta segunda-feira (15). A cerimônia do Oscar 2026 acontece no dia 15 de março de 2026.


A escolha do filme pelo Brasil não garante a indicação para o Oscar. Ele ainda vai disputar com filmes de outros países em busca de uma vaga na lista final de cinco indicados.


Qual a história de “O agente secreto”?


Ambientado nos anos 1970, “O Agente Secreto” conta a história de um professor universitário, interpretado por Wagner Moura, que volta para o Recife para reencontrar o filho caçula, apesar do risco que corre em plena ditadura militar.


Por que o filme foi escolhido?


No Festival de Cannes 2025, Moura recebeu o prêmio de melhor ator e Kleber Mendonça Filho, o de melhor direção. O filme também coleciona elogios de veículos internacionais importantes. O jornal inglês “The Guardian” deu nota máxima ao filme brasileiro, definindo-o como “visual e dramaticamente soberbo”, além de “ambicioso, complexo e elusivo”.


A revista americana “Hollywood Reporter” chamou o filme de “magistral”, com um “retorno maravilhoso de Wagner Moura ao cinema brasileiro”. “Ele sempre foi um bom ator, mas Mendonça Filho faz dele uma estrela de cinema”.


Já o site The Playlist escreveu que Wagner Moura “comanda” o “belíssimo drama criminal”, avaliando o filme com nota máxima. Para o site, o longa é uma “obra-prima” de Mendonça Filho, “o esforço mais ambicioso e monumental de uma carreira sem tropeços até agora”.


Com quais filmes ele estava concorrendo?


“Baby”, de Marcelo Caetano;

“Kasa Branca”, de Luciano Vidigal;

“Manas”, de Marianna Brennand;

“O Último Azul”, de Gabriel Mascaro;

“Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi.


Como o filme foi escolhido?


Cada país que quer concorrer a uma vaga na categoria de filme internacional pode enviar um filme. Segundo as regras do Oscar, esse filme precisa ser um longa-metragem, ou seja, ter mais do que 40 minutos. Além disso, tem que ser produzido fora dos Estados Unidos e ter mais de 50% de seu áudio original em outro idioma sem ser inglês.


A seleção do filme tem que ser feita pelo comitê especializado de cada país. E metade desse comitê tem que contar com artistas ou especialistas da área cinematográfica.


No Brasil, a responsável pela seleção é a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, que conta com 25 membros na comissão para escolher o indicado.

Os filmes não podem ter sido exibidos na TV aberta e fechada ou nas plataformas de streaming antes do lançamento comercial nos cinemas, onde precisam ser exibidos por sete dias consecutivos.


E agora, quais os próximos passos?


Após cada seleção nacional, o comitê faz a inscrição junto a Academia organizadora do Oscar. Depois de enviar toda documentação, o longa passa a concorrer a uma vaga na categoria internacional. Assim como acontece aqui no Brasil, a votação para os indicados da premiação acontece em duas rodadas.


Na primeira fase, todos os membros da academia são convidados a assistir aos filmes elegíveis da categoria. Quem aceita o convite deve assistir a um número mínimo de filmes inscritos.


O trabalho do filme não fica restrito às gravações e lançamento. Há um trabalho de divulgação internacional. É aquela velha história sobre quem não é visto, não é lembrado. E como os membros não são obrigados a assistirem a todos os filmes, se não houver uma boa divulgação, a obra não gera nenhum interesse.


Então além do filme ser bem-produzido, dirigido, emocionar, ter referências ao país, um ótimo elenco e tantos outros atributos, é fundamental ter uma boa estratégia de divulgação para que o filme tenha visibilidade e apoio no exterior.


Com isso, o filme pode conquistar os olhos – e o voto – dos membros da Academia, que vão escolher, de modo secreto, no máximo, a 15 filmes. Eles enviam a lista de acordo com a ordem de suas próprias preferências.


Os 15 filmes que receberem o maior número de votos, passam para a próxima rodada de votação. A primeira lista de finalistas é divulgada em dezembro.


Aí vem a segunda etapa, quando, novamente, os membros são convidados para assistir a esses 15 filmes selecionados. Os cinco mais bem votados são indicados para concorrer a estatueta da categoria de filme internacional.


Fonte: O Sul


 
 
 

Comentários


PUBLICIDADE PADRÃO.png

Destaques aqui no site!

Quem viu esse post, também viu esses!

bottom of page