Só 5% dos hospitalizados no RS foram imunizados contra a gripe, diz secretária
- Saimon Ferreira
- há 23 horas
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Em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, Arita Bergmann apontou que a superlotação de leitos hospitalares no Estado é resultado da baixa cobertura vacinal da população

Secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann aponta que a superlotação de leitos hospitalares no Estado é resultado da baixa cobertura vacinal da população. Em entrevista ao Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (5), ela revelou que apenas 5% dos pacientes hospitalizados no RS receberam a vacina contra a gripe.
— Os municípios estão trabalhando muito, mas a população não está aderindo às campanhas de vacinação. Eu vou dar um dado aqui que é muito preocupante. As pessoas que estão internando nos hospitais, apenas 5% foram vacinadas — disse Arita.
— Então, com essa cobertura vacinal que não se eleva porque a população não está buscando as unidades básicas de saúde, nós estamos com 41% de cobertura. De crianças, 27%. De idosos, 45%. Portanto, vacina é proteção, é prevenção, e isso faz com que as pessoas agravem o seu estado de saúde e tenham que ir para as emergências — completa a secretária.
Conforme Arita, os municípios receberam aporte de R$ 20,8 milhões para estenderem os horários de funcionamento de suas unidades básicas de saúde e assegurar a vacinação. Ela aponta quem o governo estadual vai repassar novos valores para garantir o serviço.
— O horário estendido para o trabalhador é fundamental. Há equipes volantes indo nos territórios, na ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos), onde a população está para fazer vacina, e escolas, pode ser um exemplo, porque as crianças estão com baixíssima cobertura, desde que seja planejado, com autorização dos pais. Toda essa logística de organização da vacina é do município. O Estado apoia, o Estado repassa as vacinas recebidas.
Hospital Pronto Socorro de Canoas
Questionada sobre a situação do Hospital de Pronto Socorro de Canoas, que teve funcionários demitidos na noite de quarta-feira (4) após o Instituto Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IACHS) ter contrato com o município extinguido, Arita garantiu o direcionamento dos pacientes a outras duas instituições.
Segundo a secretária, os recursos que o governo estadual destinaria ao HPS de Canoas estão sendo repassados ao Hospital Nossa Senhora das Graças e ao Hospital Universitário de Canoas (HU). O objetivo é ampliar as equipes de ambos os hospitais, a fim de atender a demanda do HPS.
— O Nossa Senhora das Graças, que já tinha porta (para emergência), passa a ser uma porta maior, no sentido de aumento de equipe, em especial na área de traumatopedia. Ponto dois: há um compromisso do município de abrir uma nova porta de urgência e emergência no Hospital Universitário, que hoje não tem atendimento nessa área — iniciou.
Arita acredita que em 40 dias o HU passe a atender emergências:
— Esse é o compromisso que observamos que a municipalidade tem, de no HU ter também uma porta aberta para atendimento de urgência e emergência.
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