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Tornado com ventos de mais de 100 km/h causou destruição em Flores da Cunha, conclui a Defesa Civil

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • há 19 horas
  • 3 min de leitura

Casas perderam telhados, pavilhões desabaram e estruturas históricas foram seriamente danificadas

Foto: Divulgação/Prefeitura de Flores da Cunha
Foto: Divulgação/Prefeitura de Flores da Cunha

O Centro de Monitoramento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou nesta terça-feira (9) que a cidade de Flores da Cunha foi atingida por um tornado na segunda-feira (8), com ventos que, provavelmente, superaram os 100 km/h na localidade.


Casas perderam telhados, pavilhões desabaram e estruturas históricas foram seriamente danificadas. Em imagens publicadas nas redes sociais, é possível ver telhados parcialmente arrancados e partes de estruturas metálicas ou de cobertura retorcidas pelo vento, além de destroços espalhados pelo chão. Ao menos 43 residências sofreram danos. Telhados de escolas, comércios, igreja e Unidade Básica de Saúde (UBS) sofreram estragos.


A confirmação do fenômeno meteorológico veio da análise do levantamento de imagens do local, obtidas pelas equipes do Departamento de Gestão de Desastres que, desde o ocorrido, se encontram na região.


As imagens aéreas dos danos na comunidade de Alfredo Chaves, interior de Flores da Cunha, mostram que a localidade foi atingida por um tornado. O padrão de danos indica que os destroços foram jogados em diferentes direções, o que caracteriza o fenômeno.


A análise das imagens de 17h30 de segunda-feira (8) mostrou uma tempestade com alta refletividade sobre o local atingido.


Diante da situação, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que mobilizou imediatamente equipes do Estado. O chefe da Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, foi enviado ao município ainda na madrugada para coordenar as ações emergenciais. “Seguimos acompanhando de perto a situação e garantindo que ninguém ficará desassistido”, declarou Leite.


Em caso de emergência, os órgãos de resposta pedem que sejam acionados os telefones 190 ou 193.


Tornado


Entre tornado, ciclone e tempestade severa, o tornado é o mais violento entre esses fenômenos. Ele se forma a partir de nuvens de tempestade muito desenvolvidas, chamadas cumulonimbus, e é caracterizado por uma coluna de ar que gira rapidamente, em contato com o solo e com a base da nuvem.


Os ventos dentro de um tornado podem ultrapassar 300 km/h, e o rastro de destruição costuma ser estreito, mas extremamente intenso. Casas, postes, árvores e estruturas inteiras podem ser arrancadas do chão em poucos segundos.


Diferente do tornado, o ciclone é um fenômeno de grande escala, que pode atingir centenas de quilômetros de diâmetro. Ele surge quando massas de ar quente e frio se encontram, provocando áreas de baixa pressão atmosférica e ventos muito intensos.


Quando acontece sobre o oceano, o ciclone pode se transformar em furacão ou tufão (dependendo da região do planeta). Já sobre o continente, pode causar chuvas prolongadas, alagamentos e ventanias mais espalhadas, mas menos concentradas que as de um tornado.


Nos últimos anos, o Sul do Brasil tem sentido os efeitos de ciclones extratropicais — fenômenos que vêm se tornando mais frequentes e intensos, impulsionados pelas mudanças no padrão climático global.


A tempestade severa é um termo usado pelos meteorologistas para definir um conjunto de condições atmosféricas perigosas, mas nem sempre com rotação de ventos como no tornado. Ela pode envolver chuvas torrenciais, granizo, raios e rajadas intensas de vento.


Essas tempestades são capazes de causar alagamentos, quedas de energia, danos em plantações e interdições de rodovias.


A combinação entre calor, umidade e instabilidade atmosférica é o ingrediente principal para esses fenômenos acontecerem. O ar quente sobe, o ar frio desce, e o encontro dessas massas cria correntes verticais e horizontais que podem gerar tempestades intensas — e, em alguns casos, tornados.


No Sul do Brasil, a geografia e o clima variável da primavera favorecem esse tipo de ocorrência. Especialistas reforçam que o aquecimento global também influencia o padrão de ventos e a força das chuvas, tornando eventos extremos mais prováveis.


Fonte: O Sul


 
 
 

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