Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul alerta sobre golpe em mensagens de notificação extrajudicial
- Saimon Ferreira

- 27 de nov.
- 2 min de leitura
Mensagem enviada por golpistas menciona a necessidade de cumprimento urgente de uma notificação extrajudicial e cita dados reais das vítimas

O TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) informou que diversas comarcas do Estado registraram ocorrências envolvendo mensagens encaminhadas pelo aplicativo WhatsApp, nas quais indivíduos se passam por oficiais de Justiça. Segundo o Serviço de Inteligência do Judiciário, essas mensagens integram um golpe voltado à captura de dados sensíveis, como logins e senhas, com o objetivo de instalar programas maliciosos nos dispositivos das vítimas.
De acordo com o tribunal, os golpistas empregam técnicas de engenharia social destinadas a induzir o destinatário ao erro. Entre os recursos utilizados, estão o tom de advertência, a criação de senso de urgência e o fornecimento de supostos canais de contato, que não pertencem ao Judiciário. As mensagens incluem ainda dados pessoais verdadeiros das vítimas, como nome completo, endereço residencial e números de documentos, o que aumenta a probabilidade de que o conteúdo seja interpretado como autêntico.
A estrutura da fraude também envolve a disponibilização de um botão ou link, frequentemente identificado como “acessar notificação”, que direciona o usuário a uma página criada para a coleta indevida de informações. O acesso ao link pode permitir a instalação de softwares maliciosos ou a obtenção de credenciais utilizadas em serviços digitais, ampliando o risco de danos financeiros e comprometimento de dados pessoais.
O tribunal reforçou que oficiais de Justiça não utilizam links externos ou páginas desconhecidas para enviar notificações. Em nota oficial, o TJRS esclareceu que “os links enviados pelos oficiais de Justiça do TJRS remetem somente a páginas oficiais do tribunal de acompanhamento processual e plataformas de audiências”. Assim, qualquer mensagem que contenha atalhos para sites que não pertençam aos domínios institucionais deve ser tratada como suspeita.
A orientação do Judiciário é para que os cidadãos verifiquem atentamente o conteúdo recebido, evitem clicar em links de origem duvidosa e utilizem apenas os canais de comunicação disponibilizados oficialmente pelo tribunal. Em caso de dúvida, o TJRS recomenda que os usuários consultem diretamente o site institucional ou entrem em contato com a comarca correspondente, de modo a confirmar a veracidade de eventuais notificações.






























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