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“Um sentimento chamado indiferença.” Por Fábio Giacomelli

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • há 4 horas
  • 2 min de leitura

Entre a apatia em campo e o descaso nos bastidores, o torcedor colorado assiste, cansado, ao time que parece ter esquecido sua própria essência

Foto: Ricardo Duarte
Foto: Ricardo Duarte

Pedi pelo Twitter que os torcedores do Inter definissem, em uma palavra, o que sentem hoje

pelo futebol do clube. As respostas foram muitas, mas a maioria delas caberia num mesmo dicionário emocional: Indiferença. Desespero. Frustração. Desamparo. Decepção.


É triste perceber que o maior patrimônio do Sport Club Internacional, que é o seu torcedor,

começa a se distanciar não por falta de amor, mas por saturação. É o coração cansado de

apanhar. É o olhar vazio de quem já chorou demais e agora só observa, quase sem reação.

O Inter, que sempre foi o Clube do Povo, parece hoje o clube que esqueceu do seu povo.


Dentro de campo, é doloroso assistir ao que se vê. A derrota para o Vitória, na Bahia, foi mais

uma punhalada. Um time sem vontade, desorganizado, sem brilho e sem vergonha. Uma escalação torta, com improvisações absurdas. Uma linha de cinco que serve apenas para tomar bola nas costas. Jogadores que parecem disputar quem comete a falta mais bizarra.


Do banco de reservas à tribuna, o reflexo é o mesmo: apatia. Uma diretoria acomodada, sem

energia sequer para fingir indignação. Tentam empurrar o discurso gasto de que “este grupo

já foi campeão”, como se uma medalha antiga jogasse bola.

Nos momentos de crise, escondem-se atrás do Executivo de Futebol que, sozinho, é jogado aos microfones para justificar o injustificável. Mas na hora boa, ah… na hora boa, fazem fila para aparecer na foto.


O torcedor está cansado. Está descrente. E, ainda assim, segue lá porque nunca deixará de

torcer. Mas até a paixão tem limite quando o retorno é o sofrimento contínuo. A promoção de

20 reais para o jogo contra o Bahia parece cara demais para o que o time tem entregado.

Não é sobre valor monetário — é sobre o respeito.


A arquibancada segue presente, como sempre esteve. Mas o time, este, já não comparece há

meses. Que 2025 acabe logo. E se o futebol continuar assim, talvez eu já esteja torcendo para acabar 2026 também.

 
 
 

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