"Bia", mulher encontrada em mala na rodoviária de Porto Alegre, conheceu suspeito em abrigo durante enchente
- Saimon Ferreira

- 8 de set.
- 2 min de leitura
Manicure de 65 anos, descrita como reservada e querida pela família, havia retomado relação com homem condenado por matar a própria mãe

A mulher que teve partes do corpo encontradas dentro de uma mala na Estação Rodoviária de Porto Alegre foi identificada como Brasília Costa, de 65 anos, conhecida pelos amigos e familiares como Bia. O principal suspeito do crime é o companheiro dela, Ricardo Jardim, de 66 anos, preso preventivamente na última quinta-feira (4).
Segundo a cunhada da vítima, Raquel Costa, o casal se conheceu em um abrigo da capital durante a enchente de junho de 2024. O relacionamento terminou em outubro do mesmo ano, mas eles haviam reatado há cerca de cinco meses e chegaram até a planejar uma viagem para João Pessoa (PB).
Divorciada e sem filhos, Brasília era manicure, natural de Arroio Grande, no Sul do Estado. Pessoas próximas a descrevem como uma mulher reservada, que gostava de ficar sozinha.
Ela nunca apresentou Ricardo para a família. Segundo relatos, o publicitário dizia ter problemas com a mãe e os filhos, motivo pelo qual evitava sair. A cunhada contou que, após o início do relacionamento, a rotina de Bia mudou:
“Ela sempre passava o final de semana conosco. Depois que estava com ele, não vinha mais. A última vez que veio foi em julho, mas só almoçou e foi embora. Ele mandava mensagens dizendo que ela tinha que ir”, relatou Raquel.
O passado de Ricardo também pesa contra ele. Em 2018, foi condenado a 28 anos de prisão por matar e concretar a mãe. Em 2024, conseguiu progressão ao regime semiaberto e foi solto.
Até a última atualização desta reportagem, a Polícia Civil informou que o suspeito ainda não constituiu defesa.






























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