Brasileiro é condenado 10 anos de prisão na Argentina por tentar matar Cristina Kirchner
- Saimon Ferreira

- 9 de out.
- 2 min de leitura
Atentado ocorrido em 2022 não foi bem sucedido porque arma falhou

Um tribunal na Argentina condenou o brasileiro Fernando Sabag Montiel a 10 anos de prisão nesta quarta-feira (8), após considerá-lo culpado pela tentativa de assassinato da ex-presidente Cristina Kirchner em 2022. O tribunal de Buenos Aires também condenou a então namorada de Montiel, Brenda Uliarte, a oito anos de prisão por cumplicidade. O caso dramático, que chocou o país, teve um terceiro acusado, Nicolás Carrizo, absolvido. Cabe recurso em todos os casos.
O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, quando Montiel abriu caminho em meio à multidão do lado de fora da casa da ex-presidente, apontou uma arma carregada para o rosto dela e puxou o gatilho. A arma, no entanto, falhou e não disparou, deixando Cristina, então vice-presidente, ilesa.
Provas e perfil dos condenados
Durante o julgamento, a promotoria apresentou como provas conversas no WhatsApp sobre a arma de fogo e evidências de que o ex-casal visitou a casa de Cristina antes do ataque para observar suas rotinas. Na sentença, o tribunal rechaçou o pedido da defesa para considerar Montiel inimputável (incapaz de ser responsabilizado).
Fernando Sabag Montiel, cidadão argentino nascido no Brasil, confessou o crime no tribunal. Ele descreveu a tentativa de assassinato como um meio de fazer justiça pela suposta corrupção de Cristina. Montiel, que vivia na Argentina desde 1993 e trabalhava como motorista de aplicativo, tinha antecedentes criminais e supostas ligações com grupos extremistas. Após o atentado, a polícia apreendeu cem munições de calibre 9 milímetros em um endereço ligado a ele. A imprensa local também noticiou que Montiel seguia páginas de grupos de ódio e possuía tatuagens alusivas a mitologias viking e germânica, frequentemente usadas por grupos neonazistas.






























Comentários