Cesta básica em Santiago registra queda de 1,2% em julho
- Saimon Ferreira

- 25 de ago.
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Valor passa a custar R$ 736,37, mas ainda compromete mais da metade do salário mínimo

O Curso de Administração da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) – Câmpus de Santiago divulgou nesta semana os resultados da pesquisa mensal sobre o custo da cesta básica no município. Em julho de 2025, o valor foi de R$ 736,37, registrando redução de 1,2% em relação a junho, quando havia alcançado R$ 745,30. A queda representa cerca de R$ 9,00, um alívio discreto para os consumidores.
Mais que um conjunto de itens alimentares, a cesta básica é um termômetro do custo de vida, revelando o tempo de trabalho necessário para garantir a alimentação essencial. Em Santiago, um trabalhador que recebe salário mínimo precisou dedicar 115 horas das 220 mensais apenas para custear a alimentação em julho. O município ocupa a 5ª posição entre as cidades com cesta mais cara entre as pesquisadas, atrás apenas de São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Entre os 13 itens que compõem a cesta, seis registraram aumento de preço, com destaque para a farinha de trigo (+7%), açúcar (+5%) e carne (+3%). Já produtos como a batata (-26%), arroz (-21%) e café (-10%) puxaram a média para baixo.
No acumulado dos últimos 11 meses, o custo da cesta em Santiago apresenta alta de 12,01%, impulsionada principalmente pelo café (+75%) e pelo tomate (+63%). O valor médio nacional em julho foi de R$ 674,75, com redução de -4,38%. Em Porto Alegre, o custo chegou a R$ 769,96, mantendo a capital gaúcha entre as três mais caras do país.
Com base nos cálculos do DIEESE, o salário mínimo necessário em julho para suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.186,27, quase quatro vezes o valor atual.






























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