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Entidades do Vale do Taquari mobilizam campanha para construção de nova ponte

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 11 de set.
  • 4 min de leitura

Ponte será 2 metros mais alta que o pico da enchente de 2024 e ligará Cruzeiro do Sul e Estrela; mobilização pede inclusão do projeto no Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs)

Foto: Daer
Foto: Daer

Depois de lançada a campanha pela construção de uma nova ponte para ligar as rodovias ERS 129 e ERS 130, entre Estrela e Cruzeiro do Sul, entidades empresariais do Vale do Taquari seguem a mobilização para tirar o projeto do papel. A intenção do grupo é que a construção da nova estrutura, orçada em cerca de R$ 280 milhões, seja incluída no Plano Rio Grande. Além de criar uma conexão alternativa na região, a ponte será mais alta que a já existente na BR 386, entre Lajeado e Estrela.


O presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC VT), Ângelo Fontana, destaca a facilidade logística da obra a partir da capilaridade e da proximidade com estradas que ligam a região a outros pontos do Estado. “Devemos priorizar o interesse coletivo de maior abrangência em termos de atendimento em eventual emergência na BR 386 entre Lajeado e Estrela. O apoio da CIC VT vem de encontro em atender uma demanda regional e estadual”, disse.


Para o presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela, Claus Humberto Wallauer, a população e o empresariado regional já entenderam a importância da obra. Ele destaca ainda que a nova estrutura servirá como uma alternativa viável, com menos problemas ambientais, para atender a demanda logística de todas as regiões que utilizam a BR 386 para escoar a produção.


“Até 70% do PIB estadual passa pela região. Será a única ponte que conecta a BR 386 e a RS 287, garantindo rota de desvio à já tumultuada e congestionada BR 386, ainda mais em casos de acidentes, enchentes ou bloqueios, como em situações que já passamos. Além do mais, garante atalhos e acessos mais rápidos a outros municípios, úteis também às principais forças de saúde e segurança da região”, afirmou Wallauer.


Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Joni Zagonel, reforça que, mesmo não sendo construída na cidade, a nova refletirá em benefícios também para Lajeado. O projeto prevê que a estrutura ficará a 800 metros da cidade. “A proposta de um consenso das entidades empresariais. Além de oferecer uma alternativa segura em situações extremas, também tem o potencial de criar novos eixos de desenvolvimento para a nossa região, especialmente para aquelas cidades que perderam muito nos eventos climáticos dos últimos anos”, apontou.


A presidente da Associação Comercial e Industrial de Cruzeiro do Sul, Grasiela Henz, citou ainda que a ponte dos Vales é a verdadeira ligação das oportunidades para a cidade e para a região. “Ela aproxima os vales. Ela facilita o dia a dia das pessoas. Ela encurta caminhos e abre espaços para que o comércio, o turismo e a circulação de serviços cresçam ainda mais. Mais do que ligar um ponto ao outro, um vale ao outro, uma cidade a outra, a ponte dos Vales representa o futuro e um passo importante para o desenvolvimento econômico e social de toda a nossa região”, completou.


Projeto para manter conexão

O projeto da nova ponte dos Vales prevê uma estrutura que conectará a cidade de Estrela, a partir de onde hoje é o entroncamento da estrada Santa Rita (ERS 129) com a rua Júlio de Castilhos, no bairro Cristo Rei, até Cruzeiro do Sul, na ERS 130, nas proximidades do bairro Cascata. Ao todo, a ligação terá 3,12 quilômetros de extensão total, sendo 1,26 quilômetro de ponte. O vão central da ponte sobre o rio Taquari será de 300 metros.


Além disso, a altura da ponte será de 35,66 metros, ou seja, 2 metros a mais que a cota de inundação registrada em maio de 2024, quando a ponte da BR 386 ficou submersa. Conforme o projeto apresentado, a nova ponte ajudará a desviar o trânsito intenso na rodovia que cruza a região, além der servir de ligação para outras regiões do RS. Entretanto, o principal objetivo é a manutenção da conexão do Vale do Taquari com outros pontos do Estado.


Ainda de acordo com a proposta, o projeto não exige grandes indenizações nem causa impactos significativos ao meio ambiente e ainda vai ajudar na redução de custos logísticos na região. Além disso, em situações de emergência, a região Metropolitana terá acesso rápido a Estrela, Cruzeiro do Sul, Lajeado, Encantado e às cidades das regiões do Alto Vale do Taquari, do Planalto, das Missões e Central, com acesso via RSC 287.


O que diz o governo do Estado

No governo do Estado, o assunto está sendo tratado inicialmente pela Secretaria Estadual de Logística e Transporte (Selt) e pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A autarquia explica que ainda não recebeu nada oficialmente das entidades sobre a mobilização. Além disso, ainda há definição sobre qual seria a fonte de financiamento adequada para tirar o projeto do papel, se será via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) ou não.


“Está em andamento o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), que será concluído até o final de setembro. Assim que for concluído, será encaminhado para a Secretaria da Reconstrução Gaúcha, que coordena o Funrigs. A inclusão da obra depende de aprovação do Comitê Gestor do fundo”, explicou o Daer, em nota.


Fonte: Correio do Povo

 
 
 

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