Justiça nega habeas corpus para soltar professora que agrediu criança em escola de Caxias do Sul
- Saimon Ferreira
- há 14 horas
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Defesa informou que ela foi transferida de Palmeira das Missões, onde foi presa na última sexta-feira, para outra cidade. O local atual não foi informado por questões de segurança. O advogado dela ainda solicitou uma avaliação médica

A desembargadora Rosaura Marques Borba, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), negou o pedido liminar de habeas corpus, solicitado pela defesa para soltar a professora Leonice Batista dos Santos, presa preventivamente na última sexta por agredir ao menos três crianças. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (25).
À reportagem, a defesa da professora já havia indicado que iria protocolar o habeas corpus para buscar a liberdade de Leonice. No entanto, o pedido ainda irá passar por julgamento do mérito, ou seja, será analisado por completo.
Nesta etapa, o tribunal irá examinar os argumentos da defesa; verificar se há alguma ilegalidade ou abuso de poder na prisão; ouvir o Ministério Público, caso seja necessário; e então negar ou conceder o habeas corpus.
O advogado de defesa da professora, Henrique Hartmann, informou que fez um pedido para avaliação médica de Leonice. Ainda, ele informou que ela foi transferida de Palmeira das Missões, onde foi presa na última sexta. O local onde a professora está não foi informado por medidas de segurança. O advogado ainda indicou que ela não deverá ser transferida para Caxias do Sul.
Relembre o caso
A agressão a um menino de quatro anos ocorreu dentro de uma sala de aula, na Escola Infantil Xodó Da Vovó, na manhã de segunda-feira (18) e foi gravada por uma câmera de segurança.
As imagens mostram a professora Leonice Batista dos Santos organizando materiais em um armário, enquanto as crianças da turma do Pré estão sentadas, em círculo, nas classes. Em um determinado momento, Leonice se dirige a um menino e bate na cabeça dele com os livros. O aluno chora bastante. A profissional grita e pega um papel para limpar a boca do menino. Ambos saem da sala.
Depois do ocorrido, os pais levaram o menino para uma avaliação com um dentista, que constatou o afrouxamento de seis dentes. O caso veio à tona depois da escola verificar as imagens das câmeras de segurança, que flagraram a agressão.
Na última sexta-feira, a delegada Thalita Giacomiti Andrich, que investiga o caso, confirmou que outras duas famílias registraram boletins de ocorrência contra Leonice. A polícia ainda avalia se esses casos serão investigados no mesmo inquérito ou se serão tratados como casos separados.
A investigação sobre o caso do menino de quatro anos será finalizada nos próximos dias, até o fim do mês.
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