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Menos de 0,1% das emendas parlamentares para o RS foram destinadas a recuperação da enchente, aponta levantamento

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 29 de mai
  • 2 min de leitura

De acordo com o estudo do Centro de Estudos de Reparação e Recuperação da FGV Projetos, sete das 6.990 emendas parlamentares editadas no ano passado foram diretamente para a reconstrução do estado

Foto: Reprodução/TV Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que menos que 0,1% das emendas parlamentares editadas em 2024 foram direcionadas a projetos de recuperação das áreas do Rio Grande do Sul atingidas pela enchente de 2024.


De acordo com o estudo do Centro de Estudos de Reparação e Recuperação da FGV Projetos, sete das 6.990 emendas parlamentares editadas no ano passado foram diretamente para a reconstrução do estado. No total, 173 emendas foram direcionadas ao estado, sendo 140 de autoria de deputados e senadores locais, e 33 de deputados de outros estados.


No que diz respeito a valores, R$ 4,4 milhões foram destinados para a recuperação dos danos causados pela enchente no estado. Isso representa menos de 0,01% dos R$ 44,8 bilhões empenhados em emendas parlamentares em 2024. No total, R$ 260 milhões foram direcionados ao Rio Grande do Sul.


Segundo o estudo, quatro das sete emendas foram destinadas a ações de proteção e defesa civil, no total de R$ 1,6 milhão. As outras três representam:


  • R$ 1 milhão para o custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial relacionados ao estado de emergência e hospitais sobrecarregados;

  • R$ 1,3 milhão para a reforma dos elevadores do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), danificados pelas chuvas;

  • R$500 mil, que deveria ser destinado ao intercâmbio de trocas de experiências e ajuda humanitária, mas foram usados em pagamento de dívidas.


O Rio Grande do Sul foi atingido por uma enchente histórica em maio de 2024, que provocou danos em quase todos os municípios, devastou cidades principalmente na Região Metropolitana e Vale do Taquari, retirou milhares de casa e deixou 184 mortos, além de 25 desaparecidos. De todo o país, voluntários e doadores se mobilizaram para prestar ajuda aos atingidos.


As águas invadiram ruas, casas e comércios, e provocaram mudanças na paisagem de pontos turísticos. O nível do Guaíba, em Porto Alegre, chegou a 5,37 metros durante o desastre, de acordo com estimativa do Serviço Geológico do Brasil (SGB). A cota foi alcançada em 5 de maio de 2024, no Cais Mauá, e é a mais alta já verificada.


As inundações causaram transtornos e interromperam as operações no Aeroporto Internacional Salgado Filho, Estação Rodoviária e Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb). A retomada e normalização dos serviços levou tempo e exigiu esforços e investimentos.


Fonte: G1 RS



 
 
 

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