Ministério da Agricultura recolhe vacinas após morte de quase 200 animais
- Saimon Ferreira

- 22 de ago.
- 2 min de leitura
Investigação segue em curso; vacina previne clostridioses em bovinos, ovinos e caprinos

O Ministério da Agricultura e Pecuária recolheu frações da vacina EXCELL 10, indicada para prevenção de clostridioses em bovinos, ovinos e caprinos, após a morte de 199 animais.
A pasta diz ter sido notificada em 12 de agosto pela Adapi (Agência de Defesa Agropecuária do estado do Piauí) sobre a ocorrência de reações adversas em animais das espécies caprina, ovina e bovina, com possível relação ao uso da vacina, de propriedade do laboratório Dechra Brasil Produtos Veterinários Ltda.
Então, a pasta iniciou o processo de fiscalização, solicitando à empresa relatórios de farmacovigilância do produto suspeito. Depois, vistoriou o laboratório, em Londrina (PR), com levantamento das notificações do Serviço de Atendimento ao Consumidor, além da verificação do processo de fabricação e do controle de qualidade da vacina.
No dia 15 de agosto, o Ministério emitiu ordem de apreensão cautelar das frações dos lotes da vacina na distribuidora que comercializou unidades da vacina associadas à notificação da Adapi.
De forma complementar, o ministério solicitou à fabricante o painel de distribuição da vacina em todo o país.
Na mesma data, a empresa encaminhou comunicado aos distribuidores e lojistas para que fossem interrompidas as vendas dos lotes específicos da vacina. E no dia 18 iniciou a apreensão dos lotes na distribuidora localizada em Teresina (PI). Após avaliação dos dados de distribuição, a ordem de apreensão foi estendida a todos os estados em 19 de agosto.
Até o momento, foram notificados ao governo federal óbitos de 194 ovinos, 4 caprinos e 1 bovino. As ações de fiscalização e investigação seguem em andamento. A estimativa inicial de conclusão do processo de investigação é de 60 dias.
A clostridiose é uma doença fatal causada por toxinas de bactérias do gênero Clostridium spp., apresentando sintomas como inchaço muscular, manqueira, incoordenação motora e, em casos graves, rigidez muscular, tremores, trismo, opistótono (arqueamento do corpo com cabeça para trás) e convulsões.
“Neste momento o Mapa está dedicado e atuando de forma coordenada e integrada com os órgãos estaduais de defesa sanitária para confirmar a causa dos óbitos dos animais e adotar todas as medidas necessárias para proteção da produção pecuária”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.






























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