Polícia Civil de Formigueiro indicia quatro suspeitos de matar e crucificar mulher em ritual religioso dentro de cemitério
top of page

Polícia Civil de Formigueiro indicia quatro suspeitos de matar e crucificar mulher em ritual religioso dentro de cemitério

Os quatro indiciados são Francisco da Rosa Guedes, 65 anos, conhecido como Chico Guedes, Jubal dos Santos Brum, 57, Larry Chaves Brum e Nayana Rodrigues Brum

A Polícia Civil de Formigueiro indiciou as quatro pessoas suspeitas de matar e crucificar uma mulher em ritual religioso em Formigueiro. O caso aconteceu na madrugada de 10 de janeiro no interior do Cemitério da Colônia Antão, distante cerca de 15 quilômetros da sede do município.

Os quatro suspeitos são três homens e uma mulher, que estão presos desde o dia do crime. Eles foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impediu ou dificultou a defesa da vítima.


​Todos se intitulam pais de santo e teriam praticado o ato a pedido do marido e do filho de Zilda Correa Bitencourt, 58 anos. A família alegava que a vítima sofria há mais de 20 anos com "duas entidades que incorporavam nela".

Segundo o delegado Antonio Firmino Neto, o laudo da necropsia apontou que Zilda morreu devido a ferimentos provocados por instrumento contundente, ou seja, pauladas desferidas durante o ritual. Dois suspeitos admitiram que bateram na mulher com a intenção de "expulsar o encosto, o espírito do mal que estava nela".


Disseram, também, que não lembram muito do que fizeram porque estavam com entidades incorporadas - diz o delegado.

Os quatro indiciados são Francisco da Rosa Guedes, 65 anos, conhecido como Chico Guedes, Jubal dos Santos Brum, 57, Larry Chaves Brum e Nayana Rodrigues Brum.


Larry e Nayana são filhos de Jubal. Já Chico Guedes é um artista de circo, natural de Cachoeira do Sul, que atualmente mora na comunidade quilombola onde Jubal e dos filhos residem.

O marido e filho de Zilda não foram indiciados no inquérito policial.


O que dizem as defesas


O advogado Ariel Cardoso, que defende Chico Guedes, afirma que ainda é cedo para se manifestar sobre o indiciamento do pai de santo. Para o defensor, a polícia não apresentou provas no inquérito policial que indiquem a participação de Guedes no caso. Cardoso aguardará a denúncia do Ministério Público para pode começar a defesa e comprovar a inocência do pai de santo, que seria um idoso fraco e doente.


Esse senhor não tem condições de causar ferimentos em ninguém, quanto mais levar alguém à morte por sua ação. Então, a gente aguarda a denúncia para poder começar a trabalhar na defesa dele. Por enquanto, confiamos da inocência, vamos trabalhar nisso e o nosso foco segue sendo a liberdade do Francisco - diz o advogado.

A defesa de Jubal e dos filhos havia informado que os três não foram responsáveis pela morte de Zilda e são inocentes. Contudo, as advogadas que defendem a família apontam a responsabilidade para Chico Guedes. A reportagem tenta contato com os defensores para comentar sobre o indiciamento do pai e dos dois filhos.


Texto: Rafael Menezes - Bei

0 comentário
PUBLICIDADE PADRÃO.png

Destaques aqui no site!

Quem viu esse post, também viu esses!

bottom of page