Produtores rurais organizam paralisação geral no Estado na próxima semana
- Saimon Ferreira

- 12 de jun.
- 2 min de leitura
A ação inclui bloqueios em pontos estratégicos das rodovias do estado, com liberação apenas para emergências de saúde

Na próxima semana, o Rio Grande do Sul será cenário de uma grande mobilização liderada pelos produtores rurais. A partir das 8h da manhã, diversas estradas estaduais (ERS) e federais (BRs) devem ser bloqueadas em um protesto coordenado que busca pressionar os governos por medidas urgentes de apoio ao setor agrícola.
O principal pedido dos manifestantes é a securitização das dívidas do campo — uma política que permitiria o refinanciamento dos débitos dos agricultores com prazos mais longos e condições adequadas à realidade do setor. A proposta visa garantir a continuidade da atividade produtiva e evitar o colapso das economias locais dependentes da agropecuária.
"Não buscamos vantagens, queremos apenas condições justas para seguir produzindo", afirma um dos líderes da mobilização.
A paralisação incluirá bloqueios em pontos estratégicos das rodovias, permitindo a passagem apenas de veículos de emergência. Uma liberação parcial dos acessos está prevista para o meio-dia, como forma de garantir o caráter pacífico do movimento e minimizar transtornos à população.
Mobilização com apoio amplo
Os organizadores destacam que a manifestação vai além das reivindicações do campo: ela reflete uma preocupação com a segurança alimentar e o abastecimento das cidades. A crise no setor produtivo, agravada por estiagens severas, custos elevados e restrições de crédito, ameaça toda a cadeia alimentar, podendo impactar diretamente os preços e a economia urbana.
O movimento convoca o apoio de diferentes setores da sociedade:
Caminhoneiros independentes
Empresas e comerciantes locais
Cooperativas e cidadãos
Entidades de classe, sindicatos e associações
Representantes políticos de todas as esferas
Solidariedade e urgência
Muitos agricultores relatam dificuldades severas, chegando à beira da insolvência. O receio de um êxodo rural crescente e do colapso de cadeias produtivas é real. Para os organizadores, sem apoio efetivo do governo, o futuro do setor — e do próprio estado — está em risco.
"A produção de alimentos é a base da nossa economia. Se ela entra em colapso, todos seremos afetados. Esta é uma luta por sobrevivência, por dignidade e por um futuro possível para o Rio Grande do Sul", conclui outro representante do movimento.
A expectativa é que a mobilização pressione o poder público a abrir um canal de diálogo efetivo com os produtores e a buscar soluções concretas para a crise no campo.






























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