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Projeto de lei com foco em homens prevê canal telefônico 24 horas para combater violência contra mulher

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • há 8 horas
  • 2 min de leitura

Além da escuta profissional, usuários poderão ser encaminhados para atendimentos psicológicos, jurídicos ou sociais

Foto: Lucas Kloss / ALRS
Foto: Lucas Kloss / ALRS

Um programa de combate à violência doméstica contra a mulher, mas voltado a homens, foi aprovado na manhã de terça-feira (28) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A iniciativa, batizada de Linha Calma, busca promover a escuta ativa, a orientação e a prevenção da reincidência em um canal telefônico disponível 24 horas.


O projeto de lei 133/2025 é de autoria da deputada estadual Delegada Nadine (PSDB) e visa oferecer atendimento sigiloso a homens autores de violência de gênero.


— Durante a construção do projeto, vários homens me procuravam dizendo que se reconheciam machistas. É uma mudança de cultura. E há grandes mudanças nos últimos 10 anos. Quando fui delegada, eu conseguia interagir com homens que cometiam crimes contra a mulher. Hoje, não é tão simples — analisa a deputada.

A ideia é que o programa funcione como um telefone estadual, aplicativo e plataforma digital. Se aprovada, a linha estará disponível para qualquer homem, que poderá procurar o canal de forma voluntária.


Objetivos do projeto:


  • Atender, de forma sigilosa e humanizada, homens autores de violência contra a mulher;

  • Oferecer escuta profissional, orientação psicossocial e incentivo à participação em grupos reflexivos;

  • Encaminhar os possíveis agressores, quando necessário, a serviços de atendimento psicológico, jurídico e social;

  • Reduzir a reincidência de atos de violência contra a mulher; 

  • Promover a transformação de padrões culturais e comportamentais de gênero, fortalecendo ações públicas voltadas à desconstrução de padrões machistas, com linguagem acessível e foco nos jovens.


O texto seguirá para análise de outras comissões parlamentares da Assembleia, antes da discussão em plenário. Ainda na terça, a proposta foi discutida em uma reunião junto da Casa Civil e da Secretaria da Mulher. Segundo a deputada, houve retornos positivos para o fortalecimento e regulamentação da lei.


Inspirações


  • O caso do homem que, junto dos dois filhos gêmeos de seis anos, morreu depois de provocar um acidente de carro em São Vendelino;

  • E o episódio em que um pai atirou o filho de uma ponte, em São Gabriel.


— Há dois "fenômenos" que precisamos dar atenção: o percentual de homens que matam os filhos e os que se suicidam — comenta Nadine.

Os 10 feminicídios que aconteceram em sequência, no feriado de Páscoa, em abril deste ano, também contribuíram na construção da lei, segundo a parlamentar.


Projeto na Colômbia


Inspirado em uma iniciativa de Bogotá, na Colômbia, o programa também prevê parcerias com universidades, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil para a qualificação constante do serviço.


A proposta ainda determina que as informações estatísticas geradas pelo programa sejam compartilhadas com órgãos de defesa da mulher, como centros de referência e delegacias especializadas, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).


Fonte: GZH


 
 
 

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