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Queda no preço do arroz deve reduzir em quase 30% a arrecadação de ICMS no RS

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

Estudo é da assessoria econômica da Farsul e foi divulgado nesta quinta-feira (18)

Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS

A forte desvalorização do arroz ao produtor no Rio Grande do Sul cobra seu preço em 2025 também nas contas públicas. Um estudo da assessoria econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), divulgado nesta quinta-feira (18), projeta que a arrecadação de ICMS do setor deve encerrar o ano em cerca de R$ 801,8 milhões — queda de 27% em relação a 2024, mesmo diante de uma safra volumosa. O impacto atinge diretamente o caixa do Estado e, sobretudo, dos municípios mais dependentes da atividade.


Segundo o levantamento, a retração da receita está diretamente associada à forte desvalorização do cereal ao longo do ano. Apenas em 2025, o preço do arroz ao produtor acumula queda de 47%. Na média anual, a saca de 50 quilos recuou de R$ 112,80 em 2024 para R$ 71,71 neste ano, uma redução de 36%.


O estudo mostra que, mesmo com aumento expressivo da produção na safra 2024/25, o fator preço é determinante para o desempenho fiscal do setor. A análise estatística indica que cerca de 67% da variação da arrecadação mensal de ICMS do arroz pode ser explicada pelas oscilações no valor pago ao produtor. Na prática, cada aumento de 1% no preço médio do grão resulta, em média, em crescimento de 0,75% na arrecadação do imposto.


— Isso compromete a capacidade de investimento em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura — salienta o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz.


O alerta se intensifica quando se olha para 2026. As simulações realizadas no estudo indicam que, caso o preço médio anual do arroz caia para patamares próximos de R$ 40 por saca, a arrecadação de ICMS pode encolher mais R$ 263,9 milhões. O recuo representaria uma perda de 33% em relação a 2025 e de mais de 50% na comparação com 2024, levando o imposto a um dos menores níveis reais da última década.


O ICMS, vale lembrar, é repartido constitucionalmente: 75% ficam com o Estado e 25% são destinados aos municípios. Assim, a perda de arrecadação não se limita ao governo estadual e se traduz, com defasagem, em menos recursos para prefeituras de regiões fortemente ligadas à orizicultura.


Com informações da coluna da jornalista Gisele Loeblein de GZH

 
 
 

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