RS tem 65% de probabilidade de registrar La Niña nos próximos três meses
- Saimon Ferreira

- 9 de out.
- 2 min de leitura
Especialista explica possíveis impactos nas lavouras

As projeções do APEC Climate Center (APCC), sediado na Coreia do Sul, indicam 65% de probabilidade de transição da fase neutra para a fase fria (La Niña) no trimestre de outubro a dezembro de 2025. É o que aponta o Boletim Trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O prognóstico climático indica chuvas variando de normal a ligeiramente abaixo da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul no último trimestre do ano. O mês com maiores desvios negativos de precipitação pluvial deverá ser dezembro, especialmente na metade sul e no oeste do estado. Nos meses de outubro e novembro, as precipitações devem ficar mais próximas da média, porém com maior irregularidade espacial, havendo leve tendência de ficarem abaixo da média, principalmente em novembro.
Durante entrevista à Rádio Uirapuru, o engenheiro agrônomo da Emater, Alencar Rugeri, explicou que os meteorologistas utilizam modelos matemáticos para realizar as interpretações climáticas e que há essa tendência, mas o clima deve apresentar melhora no início de 2026.Ele ressaltou que os meses de outubro e novembro são bastante variáveis, pois ainda ocorrem incursões frias seguidas de períodos de aquecimento. Com isso, não se descarta a ocorrência de geadas tardias. A amplitude térmica tende a aumentar consideravelmente no trimestre — ou seja, madrugadas frias podem ser seguidas de tardes quentes, especialmente entre novembro e dezembro.
Alencar frisou que o desejo de todos é que esse processo não cause grandes prejuízos aos produtores, mas é preciso estar atento às irregularidades e aos riscos de produtividade em culturas como soja, milho e na pecuária.Por isso, é fundamental acompanhar as previsões climáticas e os avisos de alerta, para que os agricultores se preparem para todos os cenários possíveis.
FONTE: Rádio Uirapuru






























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